Contador e presidente executivo do IBPT, João Eloi Olenike fala dos desafios e conquistas do profissional contábil
Fonte: IBPT
No último sábado, 25 de abril, comemorou-se o Dia do Contabilista. A data foi instituída em 1926 pelo senador João Lyra Tavares, que é o patrono dos Contabilistas, que durante um evento no qual recebeu uma homenagem, proferiu as seguintes palavras, defendendo a regularização da profissão: “Trabalhemos, pois, bem unidos, tão convencidos de nosso triunfo, que desde já consideramos 25 de abril o dia dos contabilistas brasileiros”.
Com o apoio da Classe Contábil, a data tornou-se motivo para homenagens e comemorações em diversos municípios, em reconhecimento e valorização dos profissionais da categoria. No Estado de São Paulo, a Lei Estadual n°1.989, de 23 de maio de 1979 tornou a comemoração oficial. Com a criação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e de todo o sistema de Conselhos Regionais (CRCs), por meio do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, a profissão ganhou ainda maior atenção, pois o sistema tinha como função orientar, normatizar e fiscalizar o exercício da profissão contábil.
Apesar de reconhecida na sociedade, a atividade contábil ainda precisa ser mais valorizada, dada a importância da função do contabilista para as empresas, que inclui a sua abertura, cumprimento de todas as obrigações junto ao governo e apuração de informações essenciais à boa gestão do negócio.
Para o contador e presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, João Eloi Olenike, ao longo dos últimos anos, o profissional contábil tem tido muitas conquistas, ao mesmo tempo em que enfrenta muitos desafios para desempenhar suas atividades. “O contador deve estar sempre atualizado e interpretar a legislação corretamente, para garantir um bom atendimento aos seus clientes”, recomenda.
Entre as principais alterações legais ocorridas nos últimos meses, Olenike considera a Lei n° 12.741/12 uma das que mais impactarão na rotina do profissional contábil. “A lei , instituída em 2012 obriga as empresas de todo o País a informarem os tributos incidentes em produtos e serviços na documento fiscal ao consumidor final. A lei está em vigor e desde outubro de 2014, as empresas estão sujeitas a fiscalização do Procon. “O profissional da contabilidade é um agente fundamental nesta prática, pois é ele quem orienta os clientes sobre o cumprimento desta lei, evitando prejuízos e penalidades que podem variar de uma simples advertência até multas de R$ 5 milhões a empresas”, afirma.
O executivo considera que a burocracia ainda é um dos principais entraves às atividades dos profissionais da Contabilidade. “Temos um sistema tributário bastante complexo e um emaranhado de normas que interferem e muito na rotina contábil, exigindo sempre uma excelente atualização dos profissionais da área, que além de fazer a contabilidade das empresas, ainda dedicam seu tempo a atuar como um consultor fiscal”.
No entanto, Olenike revela-se otimista para o futuro da profissão, especialmente com a implantação definitiva de todo o Sistema Público de Escrituração Digital-Sped, cuja útlima etapa, o eSocial, deverá entrar em vigor em 2016, diminuindo significativamente o número de obrigações e concentrando todas as informações prestadas pelas empresas aos órgãos governamentais em um único ambiente digital. “Com a futura diminuição nas obrigações acessórias, que serão em sua grande maioria, prestadas eletronicamente, o contabilista deve se esmerar e prestar serviços de assessoria em outras áreas intrinsecamente ligadas à Contabilidade, como a produção, área comercial, financeira e administrativa aos seus clientes. Para isso ele deverá se cercar de bons produtos da área da tecnologia da informação”, afirma.
Texto: Paloma Minke
Edição: Lenilde De Leon
Fonte: Assessoria de Comunicação do IBPT
Edição: Lenilde De Leon
Fonte: Assessoria de Comunicação do IBPT
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