Rua Dr. Flores, 245, Conjunto 502, Centro Histórico, Cep.: 90.020-122 - em Porto Alegre - RS, Fones: (51) 3211.4100, 3224.4711, 3221.2383, 9943.00549 e 9805.72783.

Frase da Semana/Pensamento/Poema:

"Empreender é transformar sonhos em realidade, desafios em oportunidades." (Fernando Leques)

Agência Brasil

Supremo Tribunal Federal

Senado Federal

Câmara notícias - Câmara dos Deputados

Consultor Jurídico

Conteúdo Contábeis

Notícias do Tribunal Superior do Trabalho

Secretaria da Fazenda- Notícias

Fórum Contábeis - Departamento Pessoal e RH

Junta Comercial, Industrial e Serviços do Rio Grande do Sul

Assembleia Legislativa RS – Notícias

CRC-RS - Central de Notícias

QuartaRH

Economia

Portal Carreira & Sucesso

Jornal do Comércio RS

BBC Brasil - Notícias, vídeos, análise e contexto em português

Jornal do Comércio Caderno Contabilidade

sábado, 11 de outubro de 2014

Empresas estão despreparadas para atender ao Fisco, diz conferencista

José Julberto Meira Jr. Falou sobre “Fiscalização Digital e Transparência” no congresso do IBPT, e debateu com a procuradora-geral do Paraná


Fonte: IBPT
Empresas estão despreparadas para atender ao Fisco, diz conferencista
O advogado José Julberto Meira Jr. (foto) alertou os participantes do 3º Congresso Brasileiro de Governança Tributária sobre a necessidade de ter maior zelo e controle das informações transmitidas aos fiscos, utilizadas cada vez mais para construir um eficiente cruzamento de dados. Em sua explanação, o advogado detalhou diversos sistemas desenvolvidos pela administração tributária, destacando que o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, está na linha de frente. “Há uma mudança rápida de comportamento e se nós, contadores e advogados, não nos adaptarmos ao novo momento, não sobreviveremos. Nunca antes houve este volume de informações repassadas ao Estado”, disse o membro da Academia Brasileira de Direito Tributário (ABDT). 

Conforme relatou Julberto, as empresas e profissionais estão despreparados para cumprir novas obrigações como o Bloco K, digitalização do livro de controle da produção e estoque, cuja implantação deverá ocorrer até 2016. “Empresas que não têm controle efetivo de estoque e zelo nos procedimentos de compra e venda, terão problemas”. 

Para o palestrante, a utilização de sistemas altamente tecnológicos por parte dos órgãos arrecadadores requer também uma atualização de softwares compatíveis. “Para se ter ideia dos avanços tecnológicos, o Sistema Harpia permite um cruzamento da informação dos contribuintes de até sete formas diferentes”, disse. “Todo esse efetivo sistema já existe e está rigorosamente dentro do Estado Democrático de Direito. Portanto é preciso que os contribuintes priorizem a coleta e envio dessas informações, de forma consistente.” 

As mudanças, de acordo com o especialista, exigem não só a capacitação tecnológica, em termos de softwares, hardwares, mas também com relação à segurança das redes, bem como mudança cultural das empresas, com integração entre áreas administrativas, de tecnologia da informação e comercial. “Cada movimento pode causar autuações, em função do imediatismo da transferência dos dados à fiscalização”, afirma. “É preciso adaptar-se, pois a transparência já existe”. 

A procuradora-geral do Estado do Paraná, Jozélia Nogueira, que participou como debatedora do tema, observou os avanços no sistema de fiscalização e arrecadação, mas lamentou o sistema financeiro e a aplicação dos gastos públicos. Segundo Jozélia, o aparelhamento da administração tributária se deu por conta dos incentivos do Governo e da Receita Federal do Brasil – RFB, que possibilitaram a capacitação e aparelhamento tecnológico, mas não foi acompanhado pelos demais gestores públicos. “Os gestores precisam de um choque de governança. Se tudo na administração pública fosse tão eficiente quanto é na parte tributária, com a devida transparência, certamente pagaríamos felizes nossos impostos”.

Segundo a procuradora, o Brasil já dispõe de uma contabilidade pública similar às das empresas, em conformidade com as tendências de mundo globalizado, mas a falta de transparência na área financeira acaba gerando problemas que refletem na questão tributária. "Precisamos pensar além da área tributária que, na verdade, é um fim para a resolução de nossos problemas da sociedade”, refletiu a debatedora. A mesa de debates teve coordenação do advogado Fernando Solá Soares.
Reportagem: Paloma Minke  
Edição: Fabio Riesemberg - Jornalista (MTb. 2802/11/21) 

Nenhum comentário:

Postar um comentário