A coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Maria Arendelita Arruda, acredita que, mesmo que há 20 anos o Brasil não registre casos de poliomielite, é fundamental que os pais levem hoje (19) as crianças a algum dos 115 mil postos de vacinação em todo o país. “Nosso temor é os pais acharem que não tem mais risco de a criança ter paralisia.”
De acordo com a coordenadora, nas avaliações feitas pelo Comitê Técnico Assessor para Imunização - que reúne as sociedades de pediatria, de imunologia e de doenças tropicais – conclui-se que a campanha deve continuar enquanto não houver segurança de que o vírus não será reintroduzido no país.
“A gente não quer fazer o que alguns países da África fizeram, que eliminado o vírus no território deles, eles deixaram de fazer essa campanha e o vírus voltou para o território."
O Brasil mantém relações comerciais e de turismo com países onde o vírus ainda circula. Há transmissão da doença em quatro países (Afeganistão, Índia, Nigéria e Paquistão) e outros 15 registram casos importados.
A vacina contra poliomelite é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), durante todo o ano e nas campanhas de vacinação. A doença é transmitida por três tipos de vírus, e a vacina protege contra os três.
Os bebês devem receber a vacina aos 2, 4 e 6 meses. Com 1 ano e 3 meses, as crianças recebem o primeiro reforço. Depois dessas doses, as crianças devem tomar anualmente a vacina nas duas campanhas que ocorrem por ano, até completarem 5 anos. Crianças com febre no dia da vacinação não devem tomar a vacina, segundo a coordenadora, mas devem tomar a dose depois, no posto de saúde. “Às vezes no próprio posto de saúde dizem que não é necessário, mas isso está garantido, é um direito da criança.”
Cerca de 14,7 milhões de crianças, o que corresponde a 95% das crianças menores de cinco anos do país – devem ser vacinadas na segunda etapa da Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomelite. A primeira etapa foi realizada em 20 de junho e atingiu 95,7% do público-alvo, Segundo o Ministério da Saúde.
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil
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