Com 67% de participação no PIB (Produto Interno Bruto), o setor de serviços prevê para 2010 seu melhor ano da história, com expansão de ao menos 10% em relação ao ano passado, puxada especialmente pela indústria da construção civil.As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e os investimentos em infraestrutura para a Copa de 2014 deverão ser neste ano o principal motor do setor terciário, de acordo com Paulo Lofreta, presidente da Cebrasse (Central Brasileira do Setor de Serviços), que representa as empresas desse segmento.
Isso porque a indústria da construção terceiriza uma série de serviços, como os de refeição coletiva para os funcionários e de limpeza e segurança para as obras. "Neste ano, o nosso setor vai girar na órbita da indústria e dos investimentos do governo, mas, quando os projetos estiverem concluídos, aí será a parte de entretenimento e recepção que terá um dinamismo.
"Conforme levantamento da Cebrasse, segmentos diversos apontam crescimento vigoroso no ano. As empresas de asseio e conservação vislumbram alta entre 5% e 7% no faturamento. Já o setor de cartões de benefício prevê avanço de 10%, impulsionado por um maior número de contratações esperadas na construção civil.
Com a entrada de mais trabalhadores formais no mercado, crescem as operações de cartões de vale (alimentação, refeição, transporte e combustível). Empresas da área de segurança privada estimam crescimento médio de 4%.
"As construtoras terceirizam muitos serviços. Essa vai ser a mola do nosso crescimento."De acordo com Lofreta, a expectativa é que o setor contrate entre 2010 e 2011 mais 1 milhão de trabalhadores. Hoje, são 13 milhões. "A demanda está muito aquecida. Também os serviços ligados ao turismo, como hospedagem e lavanderia, devem ter dinamismo maior." Segundo ele, o principal gargalo é a falta de mão de obra qualificada. "Temos pouco tempo para treinar muita gente."Para Julio Gomes de Almeida, professor da Unicamp e ex-secretário de Política Econômica, o setor de serviços levou vantagem sobre a indústria durante a crise e funcionou como um colchão para a economia quando a turbulência cresceu.
Fonte: Folha de S.Paulo
Fonte: Folha de S.Paulo
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