Polêmico como sempre, o bilionário Eike Batista concedeu à revista Carta Capital (edição de 2/11) uma entrevista em que não poupa críticas aos empresários brasileiros. Na conversa de mais de duas horas, em seis páginas da publicação, ele ainda elogia estatais e, claro, ressalta sua posição de homem mais rico do Brasil, fazendo questão de deixar bem claro: deverá ser o mais rico do mundo até 2015.
Com a experiência de quem já rodou o mundo apostando em negócios de retorno nada garantidos (como muitos realmente não foram), o executivo diz que os empresários brasileiros não investem no risco e "se habituaram a receber dinheiro para construir uma hidrelétrica, construir uma estrada". E é ainda mais enfático: "Costumava dizer que 50% dos CEOs das companhias estavam no lugar errado. Aumentei o número para 87,5%. Os caras são ruins, não pensam em 360 graus", afirma Batista.
Para o megaempresário, quem inova no Brasil são as estatais. "A Petrobras cria patentes, algo fantástico. Acho triste o Brasil não ter empresários ou grupos que gastem [...]. O empresário tem que gastar pelo menos 10% do lucro em pesquisa", afirma.
Imagem: reprodução/Encontros com Eike (www.eikebatista.com.br) |
Sobre sua fixação na ideia de ser o homem mais rico do mundo, ele brinca, mas garante que até 2015 conseguirá. "Vai acontecer, pelas contas que a gente já montou, em 2015", afirma.
Eike Batista ainda deixa no ar a impressão de que tem planos mais ambiciosos no Brasil. "Vou fazer tudo para consertar isso aqui", declara. E acrescenta, após reafirmar seu objetivo de ocupar a primeira posição no ranking de mais ricos do mundo: "com meu dinheiro eu vou construir hospitais, universidades, vou fazer tudo o que o Brasil precisa fazer nessas áreas. Por que eu vi o Brasil perder uma geração e meia de jovens".
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