Brasília - Criado em 2009 para promover a recuperação da estrutura patrimonial das cooperativas rurais, prejudicadas por crises econômicas, o Programa de Capitalização de Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro) teve um volume de projetos para captação de crédito acima dos R$ 2 bilhões oferecidos no Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011. O sucesso do Procap-Agro levou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a injetar mais R$ 350 milhões no programa.
Na comparação do período de dezembro de 2009 - quando foram liberados os primeiros recursos para a nova linha de crédito - a abril de 2010 com o de dezembro do ano passado a abril de 2011, os desembolsos aumentaram de R$ 316,8 milhões para R$ 1,4 bilhão, crescimento de 346% em um ano. Segundo o analista de mercados da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Paulo César Dias, a carência de linhas de crédito dessa modalidade estimulou a procura.
Diante disso, o CMN aprovou na reunião de ontem (27) o remanejamento R$ 350 milhões do Programa de Desenvolvimento Cooperativo para Agregação de Valor à Produção (Prodecoop) para o Procap. O objetivo é cobrir projetos que estão em fase final pelas instituições financeiras. As linhas do Prodecoop, que também tinham recursos previstos de R$ 2 bilhões, não tiveram nem metade do valor desembolsado até o final de abril.
As operações do Procap-Agro têm limite de financiamento de R$ 50 milhões por cooperativa. As taxas de juros anuais são 6,75% e o prazo de pagamento é seis anos, sendo os dois primeiros de carência. No início de junho o governo deve anunciará o Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 e a expectativa do setor é que o volume de recursos para as duas linhas seja mantido.
Edição: João Carlos Rodrigues
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