Por Redação Administradores, www.administradores.com.br
As inúmeras declarações, obrigações acessórias, direitos trabalhistas, regulamentação diante dos órgãos municipais, estaduais e federais, concessão de alvarás, dentre outras formalidades, podem representar um entrave para o crescimento das empresas brasileiras maior até do que a pesada carga tributária.
De acordo com o estudo International Business Report (IBR) 2011 da Grant Thornton, excessivas regulações e a burocracia são os principais fatores que deve limitar a capacidade de crescer e expandir os negócios das empresas brasileiras este ano (50%). O resultado está bem acima da média global de 31%. De 39 economias participantes, o Brasil está atrás apenas da Grécia (57%) e Polônia (52%).
O Brasil subiu 13 posições no ranking das nações mais burocráticas elaborado pelo órgão, ficando atrás apenas da Índia, que ganhou 21 posições em relação à pesquisa de 2010. Outras restrições para o desenvolvimento das empresas pesquisadas foram custo de financiamento (29%), escassez de financiamento ao longo prazo (22%) e falta de capital de trabalho (21%).
Na contramão, as maiores quedas nesse quesito ocorreram na Armênia (-20pp) e Chile (-19pp). Na China, para os empresários a burocracia é o um dos fatores que menos deve atravancar o crescimento das empresas (26%). A falta de mão de obra qualificada (41%) e a redução de demanda (38%) são os fatores que mais podem restringir o crescimento para os chineses.
No Brasil, a falta de mão de obra qualificada é a segunda restrição em importância (49%), esse item teve o maior aumento (+19pp) em relação aos outros questionados e foi bem mais alto que a média global (27%). A redução de demanda (12%) foi a menor preocupação para crescimento das empresas nacionais.
"O Brasil ainda é um dos países com maior número de trâmites e para crescer é preciso mitigar esse excesso de processos que as empresas são submetidas", comenta Fernando Lima, sócio da Grand Thornton Brasil. Para ele, os avanços tecnológicos precisam garantir o desenvolvimento de novas ferramentas que podem dinamizar os processos burocráticos e operacionais. "Além disso, a burocracia é um grande entrave para o investimento estrangeiro no Brasil", comenta.
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