Luciano Nascimento
Repórter da Agência Brasil
Com o mote “Não são apenas 0,20 centavos”, além de se posicionar
contra o preço do transporte público, os protestos criticaram a condução
da política brasileira, a corrupção, os gastos públicos com as obras
para as copas das Confederações e do Mundo de 2014.
As manifestações começaram a tomar corpo na última semana após as
ações da Polícia Militar (PM), em São Paulo, que reagiram aos
manifestantes contrários ao aumento da tarifa de transporte público na
capital paulista. O episódio levou a Defensoria Pública do Estado de São Paulo a questionar a atitude da PM.
Ao contrário do que ocorreu na última manifestação, na quinta-feira (13) – quando a presença da PM foi ostensiva – ativistas e policiais entraram em acordo e, até o momento, não houve registro de conflito.
No Rio de Janeiro, as dezenas de milhares de manifestantes marcharam pela Avenida Rio Branco e se dirigiram à Cinelândia,
na região central da cidade, onde ocuparam as escadarias da Biblioteca
Nacional e da Câmara de Vereadores. De lá, seguiram pela Avenida
Almirante Barroso em direção à Avenida Presidente Antonio Carlos até a
Assembleia Legislativa do Estado (Alerj). Houve confronto com a polícia e
algumas pessoas queimaram um carro e depredaram uma viatura da PM.
Na capital mineira, a concentração do protesto teve início na Praça 7,
no centro da capital. De lá, os manifestantes se dirigiram à Arena
Mineirão, onde foi disputada nesta segunda a partida entre Nigéria X
Taiti, pela Copa das Confederações.
Em Brasília, o protesto começou às 17h. Os manifestantes se concentraram em frente ao Museu da República
e, de lá, marcharam em direção ao Congresso Nacional, na Esplanada dos
Ministérios. No momento, eles estão na cobertura do Congresso e tomam
também o gramado em frente ao Parlamento.
Apesar do caráter pacífico das manifestações, ressaltado pela palavra
de ordem “Sem violência”, entoada em todos os protestos, confrontos
entre policiais e manifestantes foram registrados em Belo Horizonte, em Brasília e no Rio de Janeiro.
Também houve registro de protestos em Fortaleza, em Curitiba, em
Porto Alegre, em Salvador, em Belém e Campinas. Nós próximos dias, as
manifestações, convocadas por meio das redes sociais, devem prosseguir.
* Colaborou Aline Leal // Edição: Lana Cristina
Fonte: Agência Brasil
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