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quarta-feira, 28 de julho de 2010

A liderança zen

Qual a sua opinião sobre o seu chefe? Se você respondeu citando aspectos negativos, muito mais do que positivos, certamente ele não pode ser considerado um líder zen. Segundo o autor que desenvolveu a “Liderança Zen”, Mario Grieco, esta gestão empresarial evidencia a importância do capital humano dentro das empresas.

Este novo conceito é baseado na coletividade. O líder tenta desenvolver o máximo possível do potencial de seus colaboradores, buscando o crescimento de seus profissionais e estimulando o trabalho em equipe.

De acordo com Grieco, o gestor zen não tem medo de perder seu cargo para outra pessoa, pois sua principal característica é a autoconfiança. "O grande segredo está na gestão de pessoas, no modelo de atuação por meio do qual o líder desperta talentos, contribui, delega, incentiva e, mais do isso, de fato ama seus colaboradores. Sim, estou falando sobre manter por sua equipe um sentimento de amor genuíno, incondicional, semelhante àquele que os pais tecem por seus filhos. Aquele que se preocupa, educa, constrói", explica o autor.

Na liderança tradicional, o chefe está focado no individualismo e busca funcionários parecidos com sua própria imagem. Desta forma, não criará atritos e não correrá o risco de encontrar um colaborador que possa substituí-lo futuramente. "O tradicional inspeciona tudo que você está fazendo e, quando não está presente, as pessoas não sabem o que fazer. Ele não sabe delegar", diz o especialista.

No momento de resolver ou administrar problemas, por exemplo, as duas gestões têm visões diferentes sobre o assunto. A liderança mais comum considera o erro uma falha grave e, dependendo do grau, o funcionário pode ser até despedido. Já a outra considera o erro uma oportunidade de crescimento tanto de quem errou como de quem tenta resolver a questão.

O livro “A Arte Cavalheiresca do Arqueiro Zen” traz alguns ensinamentos sobre a liderança zen. A obra conta a história de um professor que vai morar no Japão e lá começa a praticar Kyudo. Ele relata sua jornada de aprendizado como praticante de uma arte Zen. Em uma das passagens, o aluno estava executando um trabalho com o mestre, movendo grandes pedras no fundo do mosteiro com a ajuda de bastões de alavanca. Ao perceber que aluno estava com dificuldade de mover uma pedra, o mestre se aproximou, pediu licença e colocou o bastão na base oposta a que o aluno estava imprimindo força. Como que por mágica a pedra começou a rolar para o outro lado. Ele então explicou que, algumas vezes, a pessoa tem que empurrar uma pedra na direção que ela quer ser rolada.

Fazendo um paralelo com o ambiente profissional, não é raro ver alguns líderes "empurrando" seus funcionários na direção que eles não querem rolar. É o sujeito com aptidão para vendas que acaba na área de operações. O analista, extremamente técnico que é promovido muito cedo a um cargo gerencial sem possuir a mínima vontade de liderar uma equipe.

Para gerenciar, um líder precisa, portanto, conhecer bem a sua equipe para saber que lado cada pedra/funcionário quer ser rolada e a melhor maneira de fazer isso.


Fonte: www.administradores.com.br / www.tribodomouse.com.br
Materia divulgada no site do Conselho Federal de Administração

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