Os mercados emergentes, como o Brasil, já saíram da recessão e hoje avançam rapidamente. No último trimestre, os Estados Unidos e a Zona do Euro também voltaram a crescer. Mas, além dos estímulos fiscais, os principais bancos centrais do mundo precisaram baixar o juro básico da economia a quase zero para ressuscitar os empresários e os investimentos.
Nouriel Roubini, economista da Universidade de Nova York que previu, em 2006, a recente crise financeira internacional, faz mais previsões: o empréstimo de dólares para a compra de ativos está armando uma situação igualmente perigosa e bombástica, prestes a explodir.
Em artigo publicado no jornal britânico Financial Times, intitulado “Quanto maior a bolha atual, maior será o inevitável estouro”, o economista diz que o correto seria uma alta gradual dos preços dos ativos. Mas “os preços dos ativos de alto risco vêm subindo demais, cedo demais e rápido demais em comparação com a solidez da economia”, diz. O culpado? “Com certeza, a bolha vem sendo ajudada pela onda de liquidez advinda de juros a taxa zero”, afirma.
Segundo Roubini, as ações dos mercados emergentes estão mostrando situações limite. Além disso, os ganhos em algumas moedas de países em desenvolvimento estão se tornando “excessivas” e o rali nos preços do petróleo “não está justificado pelos fundamentos”.
Para o Fundo Monetário Internacional (FMI), a tomada de empréstimos em países com baixas taxas de juros para financiar compras de ativos de maior rendimento e risco aumenta os temores de novos desequilíbrios financeiros estejam se formando. A preocupação também já foi compartilhada pelo presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles. “Há necessidade de cooperação internacional para evitar desequilíbrios e a formação de bolhas”, disse.
Fonte: Brasil Econômico
Matéria no site: www.cfa.org.br
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