Equipe InfoMoney
Profissionais das mais variadas áreas de consultoria terminam 2010 com uma questão pendente de solução: identificar uma carreira que não tenha colhido bons resultados durante os 12 meses que se passaram.
Neste ano, algumas profissões em especial trouxeram à tona perfis cada vez mais valorizados pelas empresas no mercado de trabalho brasileiro. Por isso, é nesta época a hora de se contabilizar os progressos de 2010 e enumerar os próximos desafios para o período seguinte.
As mais badaladas
Na avaliação do professor do Insper nas áreas de Gestão de Pessoas e Liderança, José Valério Macucci, os profissionais que se valeram de especializações na área de gestão de pessoas realizaram ótimos upgrades para a carreira.
“Senti uma valorização muito importante nessa área. Dentro de uma organização, por exemplo, quando você olha a área de gestão de pessoas é visível o seu destaque. Seus profissionais conseguiram contribuições diferentes em todos os níveis”, diz.
Outra área que mereceu destaque em 2010 foi a de mercado e vendas. Os profissionais desses segmentos que conseguiram achar os mecanismos de contato com o cliente, utilizando particularmente os recursos de TI (Tecnologia de Informação), se sobressaíram.
“Exemplos interessantes para deixar são os mecanismos de contato com as classes C e D emergentes, que passaram a usar a TI de forma diferente, em um volume nunca antes experimentado em nosso mercado”, explica o professor.
As carreiras da área de marketing e vendas, que acharam a chave para o comércio eletrônico, passaram a ter também um grande destaque em 2010.
Arquitetando a carreira
Os avanços das áreas de engenharia e logística foram preponderantes para estimular o mercado de trabalho para esses profissionais. Inúmeras obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e projetos do pré-sal alavancaram a busca por mão de obra nesses setores.
“É difícil enumerar, mas diria que os engenheiros civis, envolvendo mineração, mecânica, óleo e gás, tiveram um ano inesquecível”, aponta o diretor de operações da Robert Half, em São Paulo, Fernando Mantovani.
Segundo ele, os profissionais da área de logística portuária não devem ser esquecidos, bem como as carreiras no mercado financeiro e no segmento de bens de consumo.
Técnicos apurados
Eles ganharam enorme projeção na economia e irão ganhar mais ainda, em face do fator especialização, que será cada vez mais necessário: são os profissionais de nível técnico.
"Pesquisas encomendadas pela Federação de Indústrias do Rio de Janeiro apontam que, das 10 mais profissões, seis têm caráter técnico e não de formação superior", aponta o professor do Insper.
De acordo com ele, as profissões de níveis técnicos se saíram muito bem em 2010, e a demanda por esses profissionais cresceu substancialmente, em especial nas áreas de petróleo e gás.
O que esperar?
“Vemos um céu de brigadeiro em um primeiro momento. Lógico que as empresas continuam mantendo uma certa prudência nas tomadas de decisão, para evitar alguma surpresa. No entanto, não vemos nenhuma possibilidade de 2011 como um ano ruim”, descreve Fernando Mantovani, da Robert Half.
O diretor projeta a continuidade de aquecimento nos setores de infraestrutura e construção civil, influenciados pelo PAC, pré-sal e pelo deficit habitacional no País.
Dos lados do professor do Insper, as expectativas também são favoráveis. Ele diz estar de olho em carreiras que tenham domínio e capacitação técnica para lidar com as tecnologias móveis, como as mídias digitais.
"De forma geral, com aquilo que irá capturar e disponibilizar dados e informações – procuradas, inclusive, por vários setores da economia, desde empresas de consumo, telecomunicação, financeiras, entre outras".
Ele lembra ainda que as carreiras ligadas ao meio ambiente e à sustentabilidade, como as dos biólogos, oceanógrafos, ecologistas e engenheiros, devem estar em alta no ano que vem.
Carreiras
Segundo Valério, as empresas, no decorrer de 2011, estarão de olho nas competências e nos conjuntos de valores dos profissionais, para utilizarem esses conhecimentos.
"Os profissionais devem se ater a seis competências para fazerem bonito no mercado de trabalho: visão sistêmica, energia positiva, conhecimento técnico, espírito de equipe, aprender de forma natural e versatilidade", conclui o professor.
Fonte: Matéria divulgada no site www.administradores.com.br
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