Diário do Comércio / SP
Em termos absolutos, elas somaram receita total de R$ 25,4 bilhões. Se comparado com outubro do ano passado, houve aumento de R$ 381 milhões. Já na comparação com setembro, o incremento foi de R$ 56 milhões.
Vanessa Rosal
O faturamento das micro e pequenas empresas paulistas (MPEs) deve crescer 8% neste ano em relação a 2009 marcado pela crise internacional, que começou em 2008, que reduziu o crédito e afetou o segmento. Para 2011, no entanto, deverá ocorrer uma desaceleração natural do crescimento, mas ainda satisfatório: em torno de 5%.
As projeções foram feitas ontem e têm como base pesquisa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (Sebrae-SP). Em outubro, esses empreendimentos tiveram resultado positivo pelo 13º mês consecutivo, acompanhando o bom momento da economia brasileira. No décimo mês do ano, as MPEs registraram aumento de 1,5% no faturamento em relação a igual período de 2009. Em termos absolutos, elas somaram receita total de R$ 25,4 bilhões. Se comparado com outubro do ano passado, houve aumento de R$ 381 milhões. Já na comparação com setembro, o incremento foi de R$ 56 milhões.
Para o presidente do Sebrae-SP, Ricardo Tortorella, o crescimento do faturamento nas micro e pequenas empresas em proporção semelhante à do Produto Interno Bruto (PIB) – 7,5% segundo último boletim do Banco Central (BC) – já era esperado. "Os pequenos negócios tiveram maior flexibilidade para se readaptar após a crise e conseguiram recuperar o fôlego neste ano."
Destaque – O responsável pela alta do faturamento em outubro foi o setor de serviços, com aumento de 15,6% em relação a igual período de 2009. Comércio e indústria registraram quedas de, respectivamente, 3,9% e 2,1%.
Segundo a consultora do Sebrae-SP, Letícia Aguiar, o recuo já era esperado. "Nos últimos meses do ano passado, as empresas começaram a se recuperar da crise, com resultados muito positivos. Dessa forma, a base de comparação ficou naturalmente muito forte e difícil de ser superada."
Já a explicação para o destaque do segmento de serviços é exatamente o inverso. Para o consultor do Sebrae-SP, Pedro Gonçalves, algumas empresas ainda estão se recuperando da crise. "As grandes empresas reduziram a demanda, afetando com defasagem segmentos de serviços prestados, como contabilidade, publicidade, limpeza e vigilância."
Outra explicação está no maior poder de compra dos consumidores das classes C e D que passaram a viajar mais e a frequentar salões de beleza e de estética corporal.
Segundo os consultores do Sebrae-SP, as vendas de Natal deverão contribuir com resultados positivos em novembro e dezembro de 2010, ante iguais meses do ano passado.
Por regiões do Estado, as MPEs da capital apresentaram a maior elevação de faturamento na comparação de 12 meses, com 3%; o interior registrou aumento de 2,8% e a região metropolitana, 0,4%. Já o Grande ABC registrou queda de 13,8% no faturamento, possivelmente por causa do grande crescimento industrial da região em 2009. "Como a receita dessas empresas cresceu muito no fim do ano passado, mais uma vez, ficou difícil de superar", explica a consultora do Sebrae-SP, Letícia Aguiar.
Metodologia – Em São Paulo, existem 1,3 milhão de micro e pequenas empresas. Para a composição da pesquisa do Sebrae-SP, foram entrevistados proprietários de 2.716 MPEs, com a colaboração da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).
Fonte: Matéria divulgada no site da Fenacon
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