Fim de ano chegando e aquela sensação de que poderíamos ter feito mais surge com o mesmo peso que a cartinha do banco informando o aumento das tarifas.
Fazer aquela pós-graduação que tanto almejamos ou aquele curso de extensão que fará diferença em nosso dia a dia, arrumar mais tempo para a família, namorada (o), esposa (o), filhos, amigos, fazer aquela reforma em casa, entrar na academia, praticar algum esporte, viajar mais. Sim, esses são os desejos que a maioria das pessoas tem, mas vale advertir que desejos são diferentes de objetivos.
Aqui em São Paulo, sofremos com a rotina maluca da grande metrópole e os excessos que ela nos proporciona. Andar de carro por aqui está ficando cada dia mais difícil. Morar próximo ao trabalho, então, virou o objetivo de todo profissional. Algumas vezes já calculei o tempo que eu fico em trânsito, seja de carro ou metrô, e em alguns dias já cheguei a bater o recorde de quatro horas. Isso mesmo, mas não se espante!
Em quatro horas dá para fazer muita coisa, como outra faculdade, ou academia por exemplo.
Eu vejo nisso tudo uma grande oportunidade para as empresas, pois elas poderiam ampliar a retenção de seus profissionais se oferecessem, por exemplo, “ajuda moradia” em regiões mais próximas do trabalho. Ou até mesmo oferecer o home office em alguns dias da semana para seus profissionais (isso já acontece, mas em poucas empresas), e nem estou incluindo os espaços de coworking que estão se multiplicando por aí.
É claro que isso se encaixa melhor para profissionais do conhecimento e, infelizmente, em algumas atividades que requerem a presença física, isso já se torna um pouco mais difícil.
Como o foco é falar de planejamento, fim de ano é sempre assim. Pegamos uma agenda para anotar nossos objetivos para o ano seguinte ou imaginamos o que queremos conquistar. Mas vou te dar uma má notícia: isso não é um plano!
Sabemos que o dia a dia nos força a sair do trilho algumas vezes, mas, mesmo assim, costumo dizer que saber para onde estamos indo é melhor do que não saber. Portanto, fazer um plano é pensar e detalhar o máximo possível como iremos realizar esses objetivos.
Transformar sonhos e desejos em objetivos requer um determinado esforço, principalmente psicológico, pois nos força a sair da nossa zona de conforto e ditar as regras para a nossa vida.
Claro, é muito mais difícil para quem tem família, pois é necessário pensar em conjunto. Diferente para um jovem que ainda não precisa se preocupar com tantas responsabilidades – e não estou dizendo que os jovens não tenham responsabilidades, mas cada circunstância tem um peso e gera um grau de esforço diferente.
Portanto minha dica é:
- Avalie o que você realizou do plano que você fez no ano passado para este ano (se é que você fez);
- Priorize e repriorize cada item;
- Descarte aquilo que não faz mais sentido;
- Inclua novos desafios;
- Crie seu “conselho pessoal” com seus amigos e familiares e peça a eles ajuda para a avaliação dos seus planos. Pode ser que algumas vezes não enxerguemos alguns detalhes importantes.
- Por fim, dedique-se à execução dos seus objetivos, sempre com muito empenho e esforço.
Comemore os resultados, compartilhe com os seus “conselheiros pessoais”, mude o rumo quando precisar, mas não esqueça nunca: para quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve.
Fonte: Blog da HSM
Matéria divulgada no site do Conselho Federal de Administração
Nenhum comentário:
Postar um comentário