Tornar o processo seletivo mais atraente e dinâmico é uma
preocupação de muitas equipes de recursos humanos e é neste contexto que
surgiu a brevetagem, ou seja, o processo de seleção que utiliza um
ambiente virtual, normalmente redes sociais, para trocarem informações e
atividades interativas.
A brevetagem representa uma
evolução natural do processo seletivo tradicional para o que chamamos
de seleção 2.0, onde novas ferramentas e métodos de colaboração e
participação são introduzidos nos processos organizacionais.
Um estudo recente feito pela McKinsey
& Company, com mais de 4 mil executivos de todo o mundo, mostrou que
as empresas que adotaram as tecnologias sociais ao dia-a-dia não só
conseguiram novas oportunidades como também aumentaram sua participação
de mercado.
Este estudo reforça iniciativas
recentes de empresas que estão substituindo gradativamente o uso do
e-mail interno por ferramentas sociais, como por exemplo, redes sociais
corporativas.
Segundo Rafael Ramos, sócio-diretor da
Agência Tri, existe relatos de empresas que adotam a brevetagem com
sucesso aqui no Brasil: HSBC, Brasil Foods e Natura são algumas delas.
“O principal resultado está na qualidade do candidato selecionado, uma
vez que se possibilita conhecê-lo melhor antes da efetivação da
contratação”, afirma Ramos.
Rafael, responsável pela plataforma
SuaRede, afirma que “o e-mail corporativo comprovadamente não é a
ferramenta mais adequada para comunicação interna. Quem nunca presenciou
casos como mensagens perdidas, destinatários errados, conhecimentos que
se perdem com a rotatividade de profissionais?”.
A ferramenta por si só não deve ser
implantada de forma isolada, mas alinhada a um grande projeto que
promova maior colaboração entre os profissionais e que dissemine
conceitos de arquitetura de informação.
“Nas redes sociais corporativas, todos
os envolvidos na cadeia de negócios podem trocar informações,
experiências, tudo isso centralizado em um único ambiente controlado
pela empresa”, afirma Ramos sobre a importância da brevetagem.
Caso de sucesso com a utilização da brevetagem
Um exemplo de sucesso aqui no Brasil é o
da Natura que no último processo seletivo de trainees da empresa,
realizado em 2011, manteve o propósito de, além de selecionar candidatos
para vagas de emprego, proporcionar uma oportunidade de
desenvolvimento, aprendizagem e relação para os jovens (por meio de
realização de atividades de autoconhecimento sem caráter avaliativo, por
exemplo).
“A etapa inicial pressupunha que os
candidatos interagissem entre si por meio de uma espécie de rede social.
Entre as ferramentas disponíveis, estavam fóruns de discussão de temas
estabelecidos pela empresa, comunicador instantâneo (chat) e atividades
colaborativas que aconteceram online. A primeira fase do processo foi
eletiva: os candidatos que complementaram as atividades foram convidados
a seguir no processo seletivo”, conta Andréa Vernacci, gerente de
educação corporativa e atração da Natura.
Para 2013, o modelo pode ter
modificações, porém, permanece com o foco de autoconhecimento,
aprendizagem e relacionamento. “Todos os investimentos que fazemos não
fariam sentido se essa busca também não estivesse presente nos processos
de atração de novos colaboradores. Nossa estratégia de recrutamento e
seleção tem sido aprimorada ao longo dos anos para atrair profissionais
não apenas tecnicamente qualificados, mas com propósitos de vida
alinhados aos da Natura”, enfatiza Andréa.
Os resultados são muitos: aumento da
inovação, funcionários mais motivados e participativos, diminuição de
erros nos processos e melhora no aprendizado coletivo.
Fonte: Portal Carreira & Sucesso
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