O novo ministro da Micro e Pequena Empresa prometeu
jogar todas as fichas na Rede Nacional para a Simplificação do Registro e
da Legalização de Empresas e Negócios...
“É preciso descomplicar”, diz Afif
O primeiro desafio do ministro da Micro e Pequena Empresa,
Guilherme Afif Domingos, será desatar o nó da burocracia que torna o
Brasil um dos piores países do mundo em termos de tempo para abertura de
empresa, de acordo com Banco Mundial.
Ao
tomar posse ontem, Afif prometeu jogar todas as fichas na Rede Nacional
para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios (REDESIM).
É um sistema integrado criado pelo governo federal que permite a
abertura, fechamento, alteração e legalização de empresas em todas as
Juntas Comerciais do Brasil, simplificando procedimentos e reduzindo a
burocracia ao mínimo necessário.
O
módulo possibilitará ainda a emissão de um alvará provisório para
atividades de baixo risco, sendo que as vistorias prévias referentes a
essas atividades serão realizadas posteriormente à abertura da empresa, o
que permite o funcionamento imediato das firmas a serem criadas no
Brasil.
“Não digo que vamos acabar com a burocracia, mas é preciso descomplicar”, resumiu.
Pai do Empreendedor Individual
Durante
a posse do ministro da Micro e Pequena Empresa, a presidente Dilma
Rousseff atribuiu a ele a paternidade da proposta de criação em 2009 da
figura jurídica do Empreendedor Individual, para retirar da
informalidade quem fatura até R$ 60 mil por ano. O governo trabalha com a
ideia de que em breve vai anunciar a marca de 3 milhões de
empreendedores individuais no País. Um recorde, levando em conta que o
Brasil levou 513 anos para ter hoje cerca 4 milhões de empresas.
Nota eletrônica contra a substituição tributária
Um
dos alvos preferenciais do novo ministro será a substituição
tributária, mecanismo pelo qual os governos estaduais cobram na
indústria o ICMS que seria pago com alíquotas menores pelo comércio
conduzido por micro e pequenas empresas, beneficiadas pelo Super
Simples. O ICMS é um dos oito tributos que compõem a sopa de letrinhas
do Super Simples.
“Infelizmente
a substituição tributária veio anular para as micro e pequenas empresas
o benefício do Super Simples”, lamentou. “A Constituição assegura ao
segmento tratamento diferenciado. Hoje com a nota fiscal eletrônica o
controle é absoluto. Você não precisa fazer recolhimentos antecipados
por valores maiores”, justificou.
Reforma do ICMS trava na MP das compensações
Impasse
em torno da reforma do ICMS aprovada pela Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) levou uma comissão mista (composta de senadores e
deputados) a adiar ontem a votação da Medida Provisória 599/2012, que
trata das compensações aos estados pela redução das alíquotas
interestaduais do imposto. A ideia refazer o texto do Projeto de
Resolução do Senado PRS 1/2013, que acirou o confronto entre os Estados
das regiões Norte, Nordeste e Centro e Espírito Santo contra Sul e
Sudeste.
CCJ aprova aumento do repasse aos estados para perdas com ICMS
Pipocam
novas propostas para a revisão do pacto federativo. Anteontem, a
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmra aprovou a
admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 190/12, do
deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), que aumenta os repasses da União com o
objetivo de compensar as perdas de estados e municípios com a Lei Kandir
(Lei Complementar 87/96). Essa lei prevê o ressarcimento do ICMS devido
por empresas em operações com produtos primários, semielaborados e
serviços destinados ao mercado externo.
DCI
Matéria publicada no site http://www.jornalcontabil.com.br/
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