Sair da universidade com diploma na mão não garante vaga no mercado de trabalho. Hoje, a formação acadêmica é apenas um dos requisitos exigidos pelos empregadores. Profissionais sem preconceitos, com vivência no exterior, fluência em línguas (principalmente o inglês), que não fumem, tenham boa e uma pitada de espírito benevolente - trabalho voluntário conta pontos na hora de agarrar "aquela" vaga. Até saber cozinhar favorece, pois indica maior independência.
E foi com espírito liberto que o publicitário Alexandre Rizzi passou um ano em Dublin, na Irlanda. De volta ao Brasil, encontrou abertas as portas de um novo emprego em uma agência de intercâmbio. "No meu caso, o inglês fluente ajudou muito. Morar na Irlanda fez com que eu aprendesse o inglês das ruas, não apenas o formal, da sala de aula. Além disso, há a experiência de adaptação às novas culturas, além de aprender a cuidar da própria vida sozinho", comenta.
A supervisora de RH da Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (Emescam), Melissa Bustamante, vai além da vivência no exterior. "Temos outros pontos positivos como o trabalho voluntário. O interesse em trabalhar mesmo sem receber dinheiro em troca mostra desprendimento e vontade de aprender".
Há outros aspectos que são levados em consideração pelos recrutadores que passam despercebidos para olhares menos atentos: pessoas que moram ou já moraram sozinhas são vistas com melhores olhos. Claro que não existe uma receita mágica que faz com que o candidato seja ideal para todas as vagas. Um jovem que vai tentar uma vaga de barman em um bar da moda, por exemplo, ganhará pontos se o visual for despojado. Mas se essa mesma pessoa for tentar a vaga de executivo de uma grande empresa, terno e gravata viram uniforme, dizem os especialistas.
As empresas também procuram profissionais com características como ética, iniciativa, dinamismo, flexibilidade. Mas fundamental hoje em dia é se manter atualizado em relação à área profissional. Os profissionais que buscam atualização constante, geralmente, são percebidos como pessoas que se antecipam e valorizam os estudos. Curso superior, a pós-graduação e outras especializações são valorizadas pelas empresas. As estatísticas apontam que, na maioria dos casos, o número de anos de estudo influencia na remuneração.
Por fim, o que está em jogo em qualquer contratação é sempre um conjunto de habilidades e a capacidade que o candidato possui de aplicá-las no ambiente corporativo. Se ele souber administrar as aptidões pessoais, as qualidades técnicas e a bagagem cultural às experiências obtidas fora, com certeza fará parte de um grupo visado e almejado pelas grandes corporações.
Fonte: www.gazetaonline.com.br
Matéria veiculada no site: www.cfa.org.br
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