O setor público brasileiro fechou o mês de novembro com as contas no azul. Considerando governo central, governos regionais e empresas estatais, o governo registrou superávit primário de R$ 12,7 bilhões no mês passado, com gastos do setor público menores do que a arrecadação, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central. Ou seja, o governo gastou menos do que ganhou.
Em outubro, o resultado primário do setor público consolidado foi superavitário em R$ 13,8 bilhões.
No acumulado no ano (de janeiro a novembro) o resultado primário foi superavitário em R$ 64,2 bilhões (2,25% do PIB), inferior ao registrado no mesmo período de 2008, refletindo o efeito da crise financeira internacional sobre o nível de atividade e, consequentemente, sobre a arrecadação acumulada no ano.
No acumulado em doze meses (de dezembro de 2008 a novembro de 2009), o superávit primário alcançou R$ 43,6 bilhões (1,41% do PIB). Até outubro o resultado era de R$29,7 bilhões (0,97% do PIB). Em novembro, a dívida líquida do setor público foi de R$ 1.329 bilhões (43% do PIB), menor do que no mês anterior. O superávit primário observado no mês e a variação do PIB valorizado pelo IGP-DI foram os principais fatores que contribuíram para essa queda.
O superávit primário é o dinheiro que o governo economiza para pagar dívidas. É um dos principais indicadores observados pelo mercado internacional, pois mostra a capacidade de um país de pagar seus credores em dia. Manter as contas do governo positivas é importante para que não haja aumento da dívida pública.
Se por um lado o superávit alto é sinal de disciplina fiscal, pois o governo gastou menos do que arrecadou e terá uma sobra para o pagamento da dívida, por outro significa menor investimento social (saúde, educação, segurança) e de infraestrutura (estradas, aeroportos). O superávit é resultado de dois fatores, que podem ocorrer juntos ou não, corte nos gastos públicos e maior arrecadação de impostos.
Fonte: http://noticias.r7.com
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