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domingo, 27 de dezembro de 2009

Para quem quer chegar rápido ao mercado

A inscrição dos tecnólogos de administração no Conselho Federal de Administração (CFA), o que os deixa em pé de igualdade no seu órgão de classe com os administradores bacharéis, foi autorizada no mês passado. Segundo o presidente do CFA, Roberto Carvalho Cardoso, a ideia de registrar esses profissionais vinha amadurecendo nos últimos anos com o crescimento do número de trabalhadores formados pelos chamados cursos superiores de tecnologia (CST). Os CST são uma modalidade de graduação de nível superior que atende à demanda de mercados de trabalhos específicos e nasceram de uma repaginação dos antigos cursos de tecnologia, criados em São Paulo no início da década de 60 e, depois, relegados a segundo plano em prol dos bacharelados. Em 2000, segundo o pró-reitor de extensão do Instituto Federal de Goiás, Aldemi Coelho Lima, 5% das vagas no ensino superior brasileiro eram em CST, enquanto nos Estados Unidos eram 50%.
No Brasil, os profissionais desse tipo de graduação são mais comuns nas áreas de engenharia, química e administração. Como explica Cardoso o administrador tem uma ampla área de atuação, podendo trabalhar em marketing, logística e recursos humanos, por exemplo. Já o tecnólogo só atua em determinados setores, como finanças ou recursos humanos, entre outros.
Nos últimos anos, esse tipo de graduação está sendo cada vez mais valorizada. O Ministério de Educação (MEC), com apoio do Conselho Federal de Engenharia Arquitetura e Agronomia (Confea) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), está finalizando uma cartilha a ser lançada no primeiro semestre do ano que vem para valorizar a carreira de tecnólogo. A publicação, cuja edição não finalizada está disponível online no site do Confea, conta a história da educação tecnológica no Brasil e as vantagens de se cursar esse tipo de graduação. Dados do censo de educação do MEC apontam que em 2002, a rede federal contava com 146 cursos superiores nessas áreas. Em 2007, o número de unidades cresceu para 331 e a estimativa para 2010 é que 214 novas escolas estarão prontas. Ainda de acordo com o censo, em 2007 havia 34 mil vagas em cursos superiores de tecnologia. No ano que vem, o Brasil terá 150 mil estudantes nesse tipo de graduação. "O campo de (atuação do) administrador é muito amplo e por isso o mercado se abre para os tecnólogos. Há uma carência muito grande de bons profissionais em todas as áreas e os cursos superiores de tecnologia, com grade curricular bastante específica, são voltados para a prática da profissão. É isso que as empresas querem hoje em dia. A Academia pode ser muito teórica às vezes. Ela precisa se adequar às necessidades do mercado e dar condições de empregabilidade aos seus alunos, como ocorre com os CST", diz Cardoso. Com a maior valorização, os CST estão se mostrando uma boa opção para quem quer entrar logo no mercado de trabalho. A coordenadora técnica pedagógica do curso superior de tecnologia em Processos Químicos do Senai de Anápolis (GO), Joana Darc Silva Borges, afirma que 80% dos seus alunos "estavam empregados, com bons salários, no primeiro semestre de 2009, quando o Brasil ainda vivia os efeitos da crise; muitos, inclusive, em cargos de supervisão e direção".
Diploma após dois anos e meio
Por ter uma grade curricular mais específica, os tecnólogos se formam em menos tempo que os bacharéis. Alguns cursos de administração podem durar dois anos e meio, enquanto a graduação exige quatro anos. O tecnólogo de engenharia se forma em três anos, quando o bacharelado dura, no mínimo, cinco anos. "Como o curso superior de tecnologia (para arquitetura e engenharia) é feito em menos tempo (que no bacharelado) o mercado paga um pouco abaixo para esses profissionais. Pode chegar o dia que os tecnólogos tenham o mesmo reconhecimento que outros profissionais, mas isso não ocorre ainda", afirma Aldemi Coelho Lima. O analista de Inteligência de Assuntos Corporativos da Souza Cruz, Carlos Haddad, é um tecnólogo formado pela Estácio de Sá. Ele estudou inteligência de assuntos corporativos, área que é responsável pelas informações de mercado e consolidação de documentação. "Escolhi o CST pelo tempo de curso, que é só de dois anos e meio e porque essa era uma formação voltada para o mercado. Isso eliminava muitas matérias teóricas. Aprendi os conceitos relacionados ao negócio e também tive a vivência de empresa-modelo. Era muito mais prático. Antes disso, fiz um politécnico em propaganda e marketing e agora faço pós-graduação em marketing na Estácio de Sá", conta Haddad, que estagiou durante um ano na companhia de call center Atento Brasil e depois foi para a Souza Cruz. Ele diz que quando começou a cursar o CST tinha intenção de prolongar os estudos por mais um ano e meio e se formar como bacharel, mas mudou de ideia logo depois, por não ver diferença entre a graduação e o curso superior de tecnologia. "Não sofro nada em termos de preconceito profissional", conclui. (C. B. e J. P.)
Fonte: Jornal do Commercio (Chico Barbosa e Jaqueline Pontes)
Obtida no Site: www.cfa.orb.br

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