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quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Mercado formal gerou mais de 100 mil empregos em agosto

No acumulado do ano, os dados demonstram que houve uma expansão de 3,64% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 1.378.803 postos de trabalho

O Brasil gerou 3,6 milhões de empregos formais no período de janeiro de 2011 a agosto de 2012, tomando como referência os dados da RAIS 2011, quando foram gerados 2,2 milhões de empregos e os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) de agosto, divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). 

Os dados mostram que o comportamento do emprego formal continua em trajetória de crescimento, mesmo com pouco dinamismo registrado pelo CAGED em agosto, quando foram criadas 100.938 vagas, alta de 0,26% em relação ao estoque do mês anterior. No acumulado do ano, os dados demonstram que houve uma expansão de 3,64% no nível de emprego, equivalente ao acréscimo de 1.378.803 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o aumento foi de  1.457.412 postos de trabalho, correspondendo à elevação de 3,85%.

Os dados, segundo recorte setorial, mostram que quase todos os setores expandiram o nível de emprego em agosto. O resultado positivo do mês foi impulsionado principalmente pelo setor de Serviços, que contribuiu com 54.323 novas contratações, alta de 0,34%. Já o Comércio gerou 31.347 vagas, crescimento de 0,37%; a Indústria da Transformação criou 16.438 postos, expansão de 0,20%; e Construção Civil, 11.278 postos e expansão de 0,37%. Em termos relativos, destaque para os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), com alta de 0,57% e 2.205 postos de trabalho.  A Agricultura, por sua vez, foi o único setor que registrou queda no emprego, com perda de 16.615 postos (-0,97%), devido a fatores sazonais.

Regiões – Em termos geográficos, nas cinco regiões ocorreram expansão do nível de emprego. Os dados analisados por região mostram que na Sudeste foram abertas 36.805 vagas (+ 0,17%); Nordeste 29.618 postos (+ 0,49%); Sul, 20.164 postos (+0,29%); Centro-Oeste, 7.881 postos (0,27%); e Norte, 6.470 (+0,37%). Por Unidade da Federação (UF), houve expansão do emprego em vinte e cinco estados, com destaque para São Paulo, com 30.465 postos e expansão de 0,24%. O Rio de Janeiro abriu 9.628 novas vagas (+0,26%); Pernambuco, 9.218vagas (0,72%); Paraná,  8.091 postos (+0,31%) e Paraíba, 7.851 postos (+2,24%, a maior taxa de crescimento entre todos os estados).

No Amapá foram 1.016 postos (+1,44%), saldo recorde para o mês; Acre, 458 postos (+0,59%), sendo o terceiro maior saldo para o período; e, em Roraima, 381 postos (+0,86%), o terceiro melhor resultado para o mês. Os estados que mostraram queda no nível de emprego foram Minas Gerais (-2.787 postos ou -0,07%) e Espírito Santo (-501 postos ou -0,07%), em razão, principalmente, do desempenho negativo das atividades ligadas ao Cultivo de Café (-14.511 postos em Minas Gerais e -938 postos no Espírito Santo).

Áreas Metropolitanas - No conjunto das nove Áreas Metropolitanas foram gerados 31.432 postos de trabalho em agosto, correspondendo ao crescimento de 0,20%. As Áreas Metropolitanas que mais se destacaram, em termos absolutos, foram São Paulo, com 11.699 postos (+0,18%); Rio de Janeiro, com 8.903 vagas (+0,32%); Belo Horizonte, com 3.222 novas contratações (+0,20%); e Porto Alegre, com 2.991 postos (+0,26%).

Os Interiores desses aglomerados urbanos foram responsáveis pela criação de 37.657 postos de trabalho, ou crescimento de 0,27%.  Destaque para São Paulo, com 18.766 postos (+0,32%);  Pernambuco, com 7.461 vagas (1,79%); e  Paraná, com 7.074 (+0,46%). A exceção foi o interior de Minas Gerais (-0,23%), que suprimiu 6.009 empregos relacionados, principalmente, às atividades de Cultivo de Café.

O CAGED é um registro administrativo sobre movimentação do emprego formal (celetista) e sua divulgação é feita mensalmente. Todos os estabelecimentos que apresentarem movimentação de trabalhadores devem enviar ao Ministério de Trabalho e Emprego as suas informações sobre admissões e desligamentos, todo mês em que elas ocorrerem. Com isso, todo mês o Brasil tem informações sobre movimentação do emprego formal que podem ser desagregadas até o nível de município, com variáveis tais como sexo, nível de educação, setor de atividade, salário de admissão/desligamento, dentre outros. Poucos países do mundo têm uma base de dados que combine um caráter censitário simultaneamente ao conjuntural.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social -  MTE

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