A Harvard Business Review publicou recentemente sua pesquisa anual (iniciada em 2008 e com a publicação do primeiro ranking em 2010) apresentando os 100 CEOs de maior desempenho do mundo e nele algumas constatações que devem merecer a reflexão das nossas empresas para o futuro.
A
publicação inicia sua reportagem afirmando que “a maioria dos dirigentes
empresariais é criticada no longo prazo – por concentrar a artilharia em metas
imediatistas para turbinar a própria remuneração.” Mas, o ranking 2013
demonstra que há dirigentes que conseguem (e como) produzir resultados de longo
prazo.
Outra
informação relevante é que dentre os 100 CEOs de melhor desempenho no mundo 81%
foram formados “em casa”. Esta informação é de extrema relevância para nós já
que indica e ratifica que é possível, com planejamento e atenção e incentivo,
formar excelentes executivos quebrando definitivamente o paradigma de que “santo
de casa não faz milagre”.
A
reportagem traz várias informações interessantes, mas vou me ater a este tema
que considero vital, pois o que tenho visto é exatamente o contrário. Empresas
a deriva a procura de um salvador a um custo irreal e na maioria das vezes
desnecessário.
Empresas
procuram por MBA’s, Phd’s, Doutorados, etc e não por profissionais com
verdadeira competência para organizar, planejar, executar e dar retorno aos seus
acionistas e isso é um grande engano. Apenas como ilustração dos 100 CEOs de
melhor desempenho no mundo 72% não possuem MBA, mas conhecem profundamente o
negócio onde atuam já que foram “criados” por ele. Não precisam perder meses de
trabalho para aprender “onde fica o banheiro”. Já conhecem a cultura, os
valores e principalmente as pessoas que irão produzir e gerar lucro e
dividendos aos seus controladores.
As
mesmas empresas se olhassem para os lados ou para baixo, veriam profissionais
que possuem identidade com o negócio e que com investimento, incentivo,
liberdade e atenção, foco, treinamento seriam os seus grandes executivos do
futuro.
Onde
está a área de Recursos Humanos destas empresas? Não existe! Recursos Humanos
devem ter autonomia e liberdade para buscar e identificar internamente seus
maiores talentos e não aplicando testes e questionários ultrapassados que não servem
para absolutamente nada além de um estereótipo pré definido. Se o RH (GP,
RP...) do negócio não funciona, nada funciona. Tudo depende diretamente de
pessoas e não há nada no mundo que funcione sem a mão humana.
Em
resumo, o que nossas empresas ainda não enxergaram é que há sim necessidade de
resultados imediatos, mas que só podem ser atingidos com ações de longo prazo.
Antes
que alguns comecem a arrumar desculpas, o ranking possui NOVE brasileiros.
Nenhum comentário:
Postar um comentário