O Brasil está dando bons exemplos de performance no mercado acionário mundial. O que isso tem a ver com a gestão pública e a governança corporativa nas companhias? Tudo! Em abril, após renunciar ao governo de Minas, Aécio Neves concedeu entrevista onde evidenciou o grande diferencial do seu vitorioso governo: a implantação da meritocracia e a bonificação financeira por bons resultados, o que chamou de “choque de gestão”.
Com a crise mundial de 2008 vimos as companhias de capital aberto passarem pela pior crise dos últimos tempos, e isso ocorreu principalmente por fatos que chamamos de falta de governança corporativa. Apesar dos discursos de grandes avanços a teoria ainda está muito distante da prática. Segundo dados do jornal Valor Econômico, dois terços das 470 empresas listadas na BMF&Bovespa não têm nenhum compromisso com governança corporativa além dos padrões mínimos exigidos em lei. Em uma análise histórico-comparativa do mercado de capitais mundial, estariamos enquadrados nas políticas de transparência da década de 1970.
E qual o preço que pagamos por isto? Ações subvaloradas, um mercado de capitais ainda pequeno se comparado a outros centros econômicos e a concentração de mais de 70% do volume de negociação em menos de 25% das companhias listadas. Outra questão interessante é que as estatais ainda respondem por 22% do mercado de capitais e são as que mais sofrem com a ingerência política.
Santa Catarina é um Estado pródigo de empreendedores bem sucedidos e tem uma economia dentre as mais estáveis no cenário nacional. Mesmo assim, nenhuma das empresas catarinenses figuram dentre as 20 mais negociadas, e cinco estão dentre as 20 menos negociadas no pregão.
O Brasil vem trabalhando para modernizar a regulamentação e democratizar o mercado de capitais. As assembleias gerais ordinárias, obrigatórias para todas as sociedades anônimas passaram a ser, optativamente, virtuais. Isto significa dizer que elas poderão ocorrer on-line e que qualquer acionista, de qualquer lugar do mundo, poderá votar por procuração eletrônica. Simples? Não! A busca da máxima eficiência empresarial, que muitas vezes permite à companhia se transformar em referência no setor (benchmarketing) é uma longa escada que se deve subir degrau por degrau.
Santa Catarina passa por um momento de expectativas. A Copa do Mundo e as Olimpíadas trarão mais e mais investimentos em infraestrutura. O novo aeroporto, a terceira ponte, um estaleiro naval para atender as demandas da exploração do pré-sal e um porto turístico na grande Florianópolis são exemplos de investimentos que só se materializarão se existir investimento público; privado e/ou parcerias público-privadas. Tudo isto é muito bom, muito bonito, mas se estes movimentos não forem norteados por boas práticas de gestão e governança, o dinheiro será mal gasto, gerará desperdícios, não atingirá plenamente seus objetivos e, principalmente, não atenderá a população que pagará a conta.
Gestão e governança significam transparência e prestação de contas. Daí teremos empreendimentos bem geridos e um melhor retorno do capital aos investidores, ao governo e todas as partes relacionadas (stakeholders), consumidores e até mesmo a população em geral. Defender essa bandeira, portanto, é uma missão de todos. E o exemplo deve partir do Estado e dos nossos governantes.
Fonte: www.economiasc.com.br
Com a crise mundial de 2008 vimos as companhias de capital aberto passarem pela pior crise dos últimos tempos, e isso ocorreu principalmente por fatos que chamamos de falta de governança corporativa. Apesar dos discursos de grandes avanços a teoria ainda está muito distante da prática. Segundo dados do jornal Valor Econômico, dois terços das 470 empresas listadas na BMF&Bovespa não têm nenhum compromisso com governança corporativa além dos padrões mínimos exigidos em lei. Em uma análise histórico-comparativa do mercado de capitais mundial, estariamos enquadrados nas políticas de transparência da década de 1970.
E qual o preço que pagamos por isto? Ações subvaloradas, um mercado de capitais ainda pequeno se comparado a outros centros econômicos e a concentração de mais de 70% do volume de negociação em menos de 25% das companhias listadas. Outra questão interessante é que as estatais ainda respondem por 22% do mercado de capitais e são as que mais sofrem com a ingerência política.
Santa Catarina é um Estado pródigo de empreendedores bem sucedidos e tem uma economia dentre as mais estáveis no cenário nacional. Mesmo assim, nenhuma das empresas catarinenses figuram dentre as 20 mais negociadas, e cinco estão dentre as 20 menos negociadas no pregão.
O Brasil vem trabalhando para modernizar a regulamentação e democratizar o mercado de capitais. As assembleias gerais ordinárias, obrigatórias para todas as sociedades anônimas passaram a ser, optativamente, virtuais. Isto significa dizer que elas poderão ocorrer on-line e que qualquer acionista, de qualquer lugar do mundo, poderá votar por procuração eletrônica. Simples? Não! A busca da máxima eficiência empresarial, que muitas vezes permite à companhia se transformar em referência no setor (benchmarketing) é uma longa escada que se deve subir degrau por degrau.
Santa Catarina passa por um momento de expectativas. A Copa do Mundo e as Olimpíadas trarão mais e mais investimentos em infraestrutura. O novo aeroporto, a terceira ponte, um estaleiro naval para atender as demandas da exploração do pré-sal e um porto turístico na grande Florianópolis são exemplos de investimentos que só se materializarão se existir investimento público; privado e/ou parcerias público-privadas. Tudo isto é muito bom, muito bonito, mas se estes movimentos não forem norteados por boas práticas de gestão e governança, o dinheiro será mal gasto, gerará desperdícios, não atingirá plenamente seus objetivos e, principalmente, não atenderá a população que pagará a conta.
Gestão e governança significam transparência e prestação de contas. Daí teremos empreendimentos bem geridos e um melhor retorno do capital aos investidores, ao governo e todas as partes relacionadas (stakeholders), consumidores e até mesmo a população em geral. Defender essa bandeira, portanto, é uma missão de todos. E o exemplo deve partir do Estado e dos nossos governantes.
Fonte: www.economiasc.com.br
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