Folha de S.Paulo
O Brasil tem o pior ambiente para negócios entre 50 mercados avaliados por um índice da Bloomberg.
A posição de cada um é determinada pelo desempenho do país, de 0 a 100%, em seis quesitos: integração econômica [ao mercado global], custos para abrir uma empresa, de mão de obra, logística, custos "menos tangíveis" (como relativos à corrupção) e a base de consumidores.
Ponderando os resultados, o Brasil teve índice total de 35,5%, ficando em 50º lugar, atrás de outros emergentes como China (19º lugar e 40,6%), África do Sul (25º e 39,1%), Rússia (48º e 36,1%) e Índia (49ª posição e 35,9%).
Em primeiro no ranking aparece Hong Kong (com 49%), seguido por Holanda (48,3%), EUA (46,9%) e Reino Unido (45,7%).
De acordo com a Bloomberg, a liderança de Hong Kong, com 7 milhões de habitantes, deve-se à política de livre mercado e às baixas taxas impostas às empresas.
Além disso, ressalta a agência, é uma porta de entrada para a nação mais populosa do mundo, a China.
A Bloomberg destacou ainda que a reputação de ser livre de corrupção contribuiu para que Hong Kong se destacasse da China e que suas ligações com a economia mundial têm permitido que o local sirva como um centro para o uso internacional do yuan, moeda chinesa.
A Bloomberg ressalta, no entanto, que o líder do ranking ainda enfrenta desafios. É, por exemplo, o endereço asiático com maior disparidade salarial e com grande descontentamento quanto às baixas remunerações.
BANCO MUNDIAL
As dificuldades no ambiente de negócios brasileiro também aparecem em dados do Banco Mundial. De acordo com a instituição, o tempo para abrir uma empresa no Brasil encolheu 20% nos últimos cinco anos, mas segue entre os maiores do mundo.
Os atuais 119 dias de processo já foram 152 em 2007. Apesar da melhora, somente quatro países exigem hoje mais paciência dos futuros empresários: Guiné Equatorial (137 dias), Venezuela (141), República do Congo (160) e Suriname (694 dias).
A burocracia empurra o Brasil para o 179º lugar no ranking global, que reúne dados de 183 países.
E em último entre os emergentes chamados Brics, grupo que inclui ainda Índia (29 dias), Rússia (30), China (38) e África do Sul (19 dias).
Fonte: Matéria divulgada no site da Fenacon
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