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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Conheça 10 mitos sobre a escolha da carreira

Segundo especialista em Recursos Humanos, Maria Bernadete Pupo, a escolha deve ser baseada principalmente nas vocações da pessoa


Infomoney
 
A escolha da profissão pode deixar alguns jovens “de cabelo em pé”. Neste momento, é comum surgirem dúvidas, insegurança e medo de optar pela carreira errada. Nesta horas, os palpites e as sugestões de familiares e amigos, apesar de bem-intencionados, podem atrapalhar ainda mais.
A consultora de Recursos Humanos e coach, Maria Bernadete Pupo, aponta os principais mitos que cercam esta questão. Confira abaixo.
Dez mitos

Escolher uma carreira é simples
- O truque de se inscrever em vários vestibulares de áreas diferentes e esperar para saber em qual curso foi aprovado poderá resolver a dúvida no princípio. Entretanto, se o estudante não gostar do curso, ou terminará a faculdade a contragosto ou voltará à estaca zero, tendo de optar de novo por outro curso. Para evitar que isso aconteça, é fundamental a reflexão. “A escolha da profissão deve ser baseada nas vocações da pessoa. Isso ela saberá por meio da autorreflexão”.

Um profissional pode me dizer que profissão devo escolher - De maneira nenhuma, a escolha da profissão cabe apenas à pessoa. O especialista poderá ajudar no processo de autodescobrimento. “O profissional deve conduzir este processo, para que quem esteja em dúvida descubra suas vocações, mas nunca escolher por ele”.
Imagem: Thinkstock

Dificilmente ganharei minha vida com um hobby
- Geralmente, o hobby é algo que a pessoa ama fazer e, quando se trabalha com o que se gosta, a chance de ser bem-sucedido é muito maior. “Muitas pessoas não se dão conta disso e deixam passar esta oportunidade. Quem ama o que faz trabalha com brilho nos olhos”.

Devo escolher carreiras em que faltam mais profissionais no mercado - Não é porque faltam profissionais na área da Engenharia e TI (Tecnologia da Informação) que estas profissões devem ser escolhidas. A especialista alerta que o apagão de profissionais pode ser algo momentâneo. “O mercado é muito dinâmico, tudo muda rapidamente. Quem disse que faltarão engenheiros daqui a 10 anos?”, questiona a consultora.

Profissões que estão na moda podem garantir mais empregabilidade - Nem sempre. Se a pessoa trabalhar com algo de que ela não gosta, só porque há muitas oportunidades no mercado, será um profissional sem motivação e isso refletirá em sua empregabilidade. “Quem se baseia em fatores externos tem mais chance de ser malsucedido”.

Ganhar dinheiro é o que mais importa na escolha da carreira - “É a mesma coisa de colocar o ter no lugar do ser”. O dinheiro, na escolha da carreira, é algo superficial. Segundo a especialista, em algum momento, o retorno financeiro não será o suficiente para que o profissional se sinta feliz e satisfeito. “Conheço pessoas que não ganham tão bem, mas são muito felizes em suas carreiras”.

Se seguir os passos do meu pai/mãe, tudo será mais fácil - Pode até ser que exista facilidade, mas, se a pessoa não tiver vocação para aquela profissão, também será infeliz na sua escolha. “Se for uma imposição dos pais, o profissional trabalhará por trabalhar, sem vontade e sem motivo”.

Ao escolher uma carreira, ficarei sempre preso a ela - Como o mercado é dinâmico, é possível ingressar em outra área ou até mesmo escolher outra profissão. “Muitas pessoas vão em busca do plano B, como dar aulas, ser consultor, abrir um negócio, quando algo está incomodando na carreira”.

Se eu mudar de carreira, tudo que eu aprendi (competências técnicas) não será aproveitado - Conhecimento sempre é aproveitado. Talvez o profissional não utilize diretamente suas competências técnicas, mas, indiretamente, elas poderão ser aproveitadas. “Já vi pessoas que se formaram em RH, mas trabalham na área financeira. Elas continuam usando o que aprenderam na faculdade, que é lidar com pessoa, mas de uma maneira indireta”.

A escolha da carreira deve estar sempre atrelada à graduação - É possível pensar em uma carreira sem ter o Ensino Superior. Um curso profissionalizante pode, sim, oferecer uma carreira ao profissional. Um setor que tem gerado muitas oportunidades é o de serviços, que não precisa obrigatoriamente que o profissional tenha completado o Ensino Superior.

Fonte: www.administradores.com.br
 

Empresas comerciais de exportação perdem força no comércio externo

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
 
Brasília – As empresas comerciais de exportação, conhecidas no cenário internacional como trading companies, começaram 2012 com desempenho mais fraco que no ano passado, de acordo com números divulgados hoje (25) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), relativos ao período de janeiro a março.
As exportações brasileiras via trading companies somaram US$ 5,349 bilhões no primeiro trimestre, equivalentes a 9,7% do total das vendas nacionais, no valor de US$ 55,080 bilhões. Resultado bom, mas representa recuo de 13,6% em relação aos US$ 6,195 bilhões exportados em igual período de 2011.

A involução também foi sentida nas importações do setor, que somaram US$ 1,281 bilhão, ou 2,4% do total de compras do trimestre, no valor de US$ 52,642 bilhões. O volume de importações caiu 4,9% em relação às aquisições de US$ 1,347 bilhão de janeiro a março do ano passado.

De acordo com os dados do MDIC, o saldo comercial (exportações menos importações) do setor este ano, no valor de US$ 4,058 bilhões, foi 16,28% menor que os US$ 4,847 bilhões registrados no mesmo período de 2011. A corrente de comércio (compras mais vendas) também retrocedeu 12,08% na mesma base de comparação.

A empresa comercial exportadora, ou trading company, detém conhecimentos específicos sobre procedimentos de mercados, suas características e riscos, de modo a assessorar, com segurança, produtores nacionais e importadores externos – quase sempre empresários de pequeno e médio porte que, isoladamente, não teriam condições de operar as transações comerciais. A trading faz a intermediação e assume os riscos inerentes ao comércio internacional.
 
Edição: Aécio Amado

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Declaração do IR de empreendedor individual pode ser entregue até 31 de maio

Agência Brasil

A declaração de Imposto de Renda dos empreendedores individuais que entraram no programa até o dia 31 de dezembro do ano passado poderá ser encaminhada à Receita Federal até o dia 31 de maio. Quem perder o prazo, além de pagar multa de 2% sobre o valor dos tributos declarados, não poderá tirar declaração negativa de débito, necessária para fazer negócios com órgãos públicos ou obter financiamentos em bancos.

Essa categoria de contribuinte envolve cerca de 500 profissões. Os empreendedores individuais pagam apenas R$ 31,10 por mês à Previdência Social, [5% sobre o salário mínimo] e têm direito a todos os benefícios dos demais trabalhadores, como aposentadoria, auxílio-doença, auxílio-maternidade e paternidade, entre outros.

A Previdência Social informa aos contribuintes individuais, facultativos e empregadores domésticos que não recolheram ao INSS até o último dia 16 o tributo relativo ao mês de março, que poderão pagar a contribuição a partir desta terça-feira (24), com multa diária de 0,33%, de acordo com a taxa Selic (taxa básica de juros da economia, definida pelo Banco Central).

O empregador doméstico que recolhe o tributo com base no salário mínimo (R$ 622) paga o equivalente a 20% do valor (R$ 124,40), sendo 8% como parte do empregado e 12%, do patrão. Os autônomos que se enquadraram no plano simplificado de contribuição previdenciária pagam R$ 68,42 por mês à Previdência, equivalente a 11% do salário mínimo.

Edição: Vinicius Doria

Matéria divulgada no site do Conselho Federal de Contabilidade

sábado, 21 de abril de 2012

8 frases que podem destruir a imagem da sua empresa




Expressões perigosas, gerais, de auto-valorização extrema ou mentirosas podem afastar cliente e dificultar novos consumidores 


 
8 frases que podem destruir a imagem da sua empresa
A diversidade de espaços que permitem e facilitam o contato com os clientes pode causar dúvidas nos empreendedores Campanhas de marketing com panfletos, banners e comerciais estão cada vez mais sendo acrescidos de ações em mídias sociais e, acompanhadas de perto, ainda, pelos sites e blogs das empresas.
A mídia que a empresa vai utilizar na comunicação mercadológica é uma decisão que deve ser tomada em função do tipo de ouvinte a que ela está se referindo. “As empresas cometem diferentes enganos e muitos deles porque não conhecem seus clientes”, destaca a coordenadora do curso de Relações Públicas da Anhembi Morumbi, Mazé Rosolino.
Porém, escolher a mídia errada não é o único problema de quem investe no contato com potenciais clientes. Segundo a professora, o pior tipo de expressão a ser usada por empreendedoresé o que ela chamou de “frases feitas”. “Quanto mais usar frases que só evidenciam você, mais distante  vai estar do interlocutor”.
Veja algumas frases que, segundo especialistas, podem destruir a imagem da sua empresa:
1 - “Só aqui você encontra”
Como destaca Mazé Rosolino, a realidade atual não permite mais esse tipo de afirmação. “Em um mercado competitivo, uma empresa se dizer a única deixa a afirmação bastante vulnerável”. Segundo ela, isso já afasta os clientes, de antemão, em qualquer mídia, porque demonstram certa arrogância na comunicação.
2 - “Oferecemos atendimento personalizado”
Rosolino acredita que a globalização e a troca de informações facilitada, que exige cada vez mais agilidade, obrigam o abandono cada vez maior desse tipo de frase. “A não ser que seja inteiramente verídica”. A professora cita o exemplo de um post na página da empresa no Facebook, em que um potencial cliente comenta, mas obtém resposta só horas depois. “Isso acaba com qualquer promessa de que o cliente está em primeiro lugar”.
3 - “Nós temos a solução para você”
O professor de Estratégia e Inovação do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) Mario Sergio Kojima não acredita na muito usada estratégia de tentar adivinhar o problema dos outros sem nem mesmo conhecê-los. “O cliente acaba se perguntando: como pode dizer se não me conhece?".
4 - “Cumprimos o prazo”
Omitir problemas ou até mesmo mentir para o cliente é o pior dos caminhos a ser trilhado pelo empreendedor. “Falar que dá conta de um serviço, mesmo já sabendo de antemão que não vai conseguir, só porque está doido para ganhar aquela conta não cai bem”, afirma Kojima. Segundo o professor do Insper, isso pode afastar clientes de forma permanente e ainda inibir a chegada de novos.
5 - “O melhor produto com o menor preço”
Para Mario Kojima, fazer esse tipo de colocação é subestimar a inteligência da outra parte envolvida na negociação. “Ou oferece o melhor produto e tem uma linha limitada, ou tem um produto premium com um preço também diferenciado”, ressalta. O professor classifica a colocação como ambígua.
6 - “Esse produto é a nova tendência”
Kojima ressalta que a maioria das novas tendências colocadas não se concretizam e dizer isso a um comprador experiente pode fazê-lo ficar com o pé atrás em relação à empresa. “Esse tipo de postura é muito comum em pequenas empresas que desejam vender seus produtos para grandes corporações e tentam se colocar melhores do que são”.
7 - “Nós somos o próximo Facebook”
O professor de Estratégia e Inovação recrimina também empresas que se dizem maiores do que realmente são e tentam vender essa imagem. “A maioria das pequenas empresas continua pequena, portanto, é um tremendo erro fazer uma analogia absurda como essa”. Segundo Kojjima, é melhor valorizar a proposta que o empreendimento tem do que tentar compará-la com outra, de uma organização de sucesso.
8 - “Somos líderes do mercado”
A manipulação de informações, em especial, no que diz respeito à participação de mercado é também, de acordo com o especialista, uma das características de pequenas empresas. Como explica Mario Kojima, a internet e a facilidade de se conseguir informações tornam essa afirmação muito arriscada de ser feita, já que pode ser desmentida. “Quem entende de mercado, sabe que a frase é mentirosa, o que queima a empresa frente aos clientes”.

Fonte: Fonte: Exame
Matéria divulgada no site do Conselho Federal de Administração

Tecnologia ajuda Receita a identifica fraudes em declarações do Imposto de Renda


Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil


A Receita Federal utiliza cada vez mais a tecnologia para preparar novas operações e coibir fraudes na declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Este ano, só em abril, como resultado de cruzamento de dados, foram feitas operações de fiscalização no Paraná e no Distrito Federal.
De acordo com subsecretário de Fiscalização da Receita Federal, Caio Marcos Cândido, cada unidade da Receita no país tem procurado identificar, por meio dos sistemas informatizados, os tipos de fraudes para planejar as operações, que devem ser deflagradas ainda no primeiro semestre.
No último dia 18, a Receita Federal, a Polícia Federal e o Ministério Público Federal deflagraram a Operação Ferrugem com o objetivo de combater fraudes na declaração do IR em Araucária, região metropolitana de Curitiba. Dois escritórios de contabilidade são investigados, suspeitos de enviar, desde o início do ano, cerca de 10 mil declarações de IRPF com indícios de fraude. 
Os prejuízos estimados aos cofres públicos, caso a Receita não descobrisse as fraudes, ultrapassariam os R$ 60 milhões. Entre as principais infrações, estão despesas falsas com profissionais de saúde, pensões alimentícias e previdência privada, que buscavam gerar um abatimento ilegal no imposto a pagar, ou uma restituição indevida de impostos.
No dia 11, o cerco aos contribuintes que fraudam a declaração foi realizado em Brasília por meio da Operação Marcação Cerrada. O esquema de fraude nesse caso envolve mais de 1,5 mil contribuintes, principalmente funcionários públicos. Em uma das declarações, um menor de idade, com 9 anos, declarou pagamentos de pensão alimentícia, segundo a Receita. Os prejuízos estimados em Brasília somam R$ 30 milhões. A operação em Brasília é continuação de outras realizadas em anos anteriores na região, como a Leão Ferido, Risco Duplo e Risco Calculado.

Na última sexta-feira (20), a Subsecretaria de Fiscalização da Receita Federal divulgou um balanço sobre as fraudes nas declarações de pessoas físicas. Só no primeiro dia do prazo para a entrega, foram identificados 14,7 mil formulários eletrônicos com indícios de fraude. Essas tentativas de burlar os sistemas informatizados do Fisco foram realizados por 6,5 mil contribuintes, que procuraram, mais de uma vez, enviar declarações com irregularidades.
A Receita informou ainda que intimidou, até agora, 158.094 mil contribuintes que tiveram problemas com declarações até 2011 e abriu mais 200 mil procedimentos de fiscalização até o dia 15 de abril de 2012.

O contribuinte pode retificar a declaração quantas vezes achar necessário, mas se for notificado não terá alternativa. Terá que provar para a Receita que houve algum tipo de engano. Caso haja sonegação, a multa de ofício mínima é 150%, mas pode chegar a 225%, além de ação criminal por prejuízos aos cofres públicos.

O prazo para a entrega da Declaração do Imposto de Renda em 2012 começou no dia 1º de março e termina em 30 de abril. O programa gerador da declaração está disponível na página da Receita na internet. O contribuinte deve baixar ainda o Receitanet, aplicativo para a transmissão dos dados, disponível no mesmo endereço.

Para facilitar o preenchimento, a Receita atualizou a página especial com o tutorial que simula o desenho de uma linha de metrô, em que cada estação representa uma etapa a ser cumprida até a entrega da declaração. Para encontrá-la, o contribuinte deve acessar o endereço eletrônico www.receita.fazenda.gov.br/irpf2012.
 
Edição: Lana Cristina

Lei americana pode acabar com o sigilo bancário no mundo


Em 2009, o sigilo bancário ao redor do mundo levou seu mais duro golpe com a entrega, pelo banco suíço UBS, dos nomes de 4.450 correntistas americanos investigados pelo Fisco dos Estados Unidos por suspeita de evasão fiscal e sonegação de impostos. Hoje, o episódio, decorrente de uma enorme pressão do governo americano sobre a Suíça, parece até irrelevante, considerando o que está por vir.
No ano que vem, entra em vigor a Foreign Account Tax Compliance Act – conhecida pela sigla Fatca. Por meio da nova legislação, o Internal Revenue Service (IRS) – a Receita Federal americana – pretende descobrir quem são os contribuintes americanos que enviam dinheiro para fora do país para não pagar impostos.

Pelas regras do Fatca, instituições financeiras estrangeiras de todo o mundo serão “convidadas” a aderir à lei e, com isso, a informar ao Fisco americano, a partir de 2013, os nomes de todos os seus clientes que sejam contribuintes nos Estados Unidos, além dos valores que mantêm em suas contas e investimentos.
A legislação não inclui apenas bancos, mas quaisquer instituições que aceitem depósitos, mantenham ativos financeiros por conta de outros agentes – como custodiantes e câmaras de compensação – ou tenham como atividade principal investimentos ou negociação de valores, bens de consumo ou participações.
Embora o Fatca não possa obrigar essas instituições a quebrarem o sigilo bancário de seus clientes americanos, a lei tem argumentos de sobra para convencer o sistema financeiro mundial a aderir em peso às suas regras. Isso porque o banco que não aderir será considerado não cooperante e, assim, poderá ter 30% dos rendimentos obtidos em transações realizadas nos EUA retidos na fonte. Na prática, diante do tamanho da economia americana, quem não aderir ficará fora do mercado.
“Considerando-se um investimento nos EUA com custo de 3% e ganho de 4%, se o banco investidor não tiver aderido ao Fatca, terá retenção de 30% do valor de seus ganhos, o que o levará a ter prejuízo na aplicação”, explica Álvaro Taiar, sócio e líder de serviços financeiros da PwC Brasil, que assessora bancos no processo de adequação à legislação.
Além da esperada adesão das instituições financeiras estrangeiras, que não querem correr o risco de ser taxadas nas transações feitas nos EUA, há um movimento em curso que pode ferir de morte o sigilo bancário.

O Departamento do Tesouro americano está estimulando os países a assinarem acordos bilaterais para o intercâmbio de informações tributárias exigidas no Fatca. Em troca, oferece reciprocidade. Ou seja, por meio desses acordos, o Fisco dos EUA tanto recebe as informações relativas aos cidadãos americanos quanto envia ao país signatário informações bancárias de seus cidadãos.
Até agora, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Espanha já assinaram acordos bilaterais com os EUA – o que significa que o sigilo bancário dos contribuintes desses países nos EUA também está perto do fim. Luxemburgo – até há pouco considerado um paraíso fiscal – e Irlanda já deram passos no mesmo sentido e o Tesouro americano se esforça para expandir os acordos – inclusive com o Brasil (veja reportagem nesta página).

Com os acordos, as instituições financeiras de cada país signatário informarão os dados dos clientes americanos ao Fisco, que fica responsável pelo envio das informações – sem que haja o risco de retenção de 30% dos ganhos dessas instituições.
Os EUA estimam que haja cerca de US$ 350 bilhões não declarados ao Fisco e enviados para fora do país por seus contribuintes. A estimativa surgiu durante a crise financeira de 2008, que trouxe à tona uma série de fraudes corporativas, inclusive fiscais. O combate à evasão de divisas, no entanto, será apenas uma das consequências da lei. Seus efeitos podem ir muito além do incremento na arrecadação tributária dos EUA e dos países que assinarem acordos bilaterais.
Na prática, uma adesão em massa de governos e de instituições financeiras pode decretar o fim do sigilo bancário no sistema financeiro mundial – e contribuir para o combate a crimes de corrupção, terrorismo, narcotráfico e contrabando, entre outros tantos, e à lavagem do dinheiro obtido de forma ilícita.
“O que se busca com a lei é dar mais transparência aos fluxos internacionais de dinheiro, hoje muito contaminados pela lavagem de dinheiro provenientes de crimes”, diz o CEO da Câmara Americana de Comércio (Amcham) no Brasil, Gabriel Rico.

A pá de cal no sigilo bancário tem data marcada: o ano de 2017. É quando o Fatca, cuja vigência começa em 2013 e se estende nos anos seguintes em diversas etapas, chega ao ápice ao enfrentar um dos maiores entraves do combate à lavagem de dinheiro: a identificação do beneficiário final das operações financeiras mais complexas – como no caso dos investimentos realizados por meio de fundos.
O golpe do Fatca é duro. Em sua última etapa, a lei americana estabelece que instituições financeiras estrangeiras deverão saber e informar nome e endereço de todo e qualquer cidadão americano que tenha feito algum investimento de forma indireta.
Não é uma tarefa fácil. Hoje os fundos de investimento têm entre seus investidores outros fundos, cujos investidores são também fundos, formando uma cadeia interminável de operações sobre as quais não se sabe quem, afinal, é dono do dinheiro e qual é a origem dos valores aplicados. “No mundo, não se quer mais que alguém tenha uma aplicação que ninguém saiba qual é”, diz José Barbosa Teixeira, diretor da PwC e especialista em serviços financeiros, para quem a transparência fiscal é uma tendência global.

A complexidade da identificação dos beneficiários finais de operações desse tipo é tamanha que, além de deixá-la para 2017, o Fatca deu a ela um nome: “passthru payments”. Pelo conceito disposto na lei, as instituições estrangeiras terão que saber quem são os investidores americanos que estão por trás de investimentos realizados por fundos no Brasil – mesmo que para isso tenham que quebrar o sigilo de uma cadeia inteira de operações de investimento indireto.

O Fatca, promulgado em 2010, está em fase final de regulamentação nos Estados Unidos. A última versão de seu texto foi publicada em fevereiro deste ano e abarcou algumas das diversas sugestões enviadas por governos, associações de classe e entidades representativas do setor financeiro.
A lei tem sido alvo de inúmeras críticas – a principal delas é a de que o envio de informações bancárias de correntistas americanos ao Fisco americano fere leis internas de países que protegem o sigilo bancário, como no caso do Brasil.

Em um documento enviado ao IRS em dezembro do ano passado, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) sugeriu alterações pontuais na lei e argumentou que ela tem entraves difíceis de serem superados, por envolverem questões constitucionais (veja reportagem nesta página).
A entidade também argumentou que o risco de evasão fiscal por meio do Brasil é baixo, já que a carga tributária nacional é mais alta do que a dos Estados Unidos, e que a lei fará com que as instituições financeiras do país tenham que suportar o custo do fisco americano em combater a evasão fiscal.

Valor

Matéria divulgada no site Jornal Contábil

CVM estuda exigir balanços de bancos em IFRS e BR Gaap na mesma data


Estadao.com.br
 
Decisão se deve ao fato de autarquia ter identificado que essas instituições estão priorizando as regras do Banco Central, que exige o padrão BR Gaap, às da CVM
Aline Bronzati, da Agência Estado

SÃO PAULO - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) estuda divulgar uma circular para orientar os bancos sobre a publicação de demonstrações financeiras individual e consolidada, tanto no padrão internacional IFRS como BR Gaap, no mesmo dia. Isso porque a autarquia identificou que essas instituições estão priorizando as regras do Banco Central, que exige o padrão BR Gaap, às da CVM. Com isso, publicam a informação primeiro em BR Gaap e depois em IFRS.


"Isso não é possível. Se é obrigatório entregar para a CVM a demonstração financeira conforme a instrução 480, os bancos têm de entregar todo o conjunto na mesma data, como requer a regra", adverte o superintendente de relações com empresas da CVM, Fernando Soares Vieira.


Como não há tratamento diferenciado para o setor financeiro na instrução 480, que dispõe sobre o registro de emissores de valores mobiliários, a autarquia deve lançar em breve um ofício específico para os bancos se adequarem para 2013. No ano passado, por determinação do Banco Central, as instituições financeiras sob o controle da autoridade monetária foram autorizadas a prorrogarem em até 120 dias o prazo para a adequação ao IFRS. "Essa regra não vale mais", lembrou Vieira.


Ele destacou que o objetivo da autarquia é tornar a divulgação das demonstrações financeiras por parte dos bancos mais "transparente e clara". No entanto, esta questão está sendo debatida em "caráter preliminar", segundo ele, e cabe questionamentos das instituições envolvidas. "Essa não é uma questão simples. Se fosse, não estaríamos fazendo isso por um ofício circular. É passível de discussão, inclusive, com as empresas desse setor", explicou ele, em seminário hoje sobre formulário de referência na sede da BM&FBovespa.


De acordo com o superintendente de relações com empresas da CVM, o debate com os bancos é necessário, pois existe a possibilidade de entendimento de que a divulgação conjunta das demonstrações pode gerar conflito e que faz sentido prevalecer a regra do BC e não a da CVM. 
 
Fonte: Matéria divulgada na Agência Brasil

Caixa volta a anunciar redução de taxas de juros

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A Caixa Econômica Federal voltou a anunciar redução na taxa de juros de produtos para pessoa física e jurídica.
Segundo nota da instituição, divulgada hoje (20), a redução acompanha a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) de cortar a taxa básica de juros, a Selic, em 0,75 ponto percentual, na última quarta-feira (18). As novas taxas passam a vigorar na próxima segunda-feira (23).
De acordo com a Caixa, a redução para pessoa física abrange as taxas mínimas e máximas para o empréstimo consignado para aposentados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Também caem as taxas mínimas para financiamento de veículos e Crédito Pessoal – CDC Salário.
Para pessoa jurídica, a redução das taxas abrange novos produtos voltados para as micro, pequenas e médias empresas. Segundo a Caixa, os destaque são as operações de capital de giro parcelado – crédito especial empresa com garantia do FGO – Fundo Garantidor de Operações. As empresas passarão a contar com taxas que variam de 1,29% ao mês (a.m.) a 2,05% a.m.
A operação de antecipação de recebíveis imobiliários - Construgiro - passa a ter uma taxa mínima de 0,97% ao mês e máxima de 1,46% ao mês, acrescidas da TR (Taxa Referencial). Essa linha é destinada às empresas de construção civil.
Na semana passada, a Caixa já havia anunciado redução de juros, assim como o Banco do Brasil (BB). Ontem (19), o BB também voltou a cortar as taxas de juros, após decisão do Copom.
A estratégia dos bancos públicos de reduzirem juros na semana passada e a pressão do governo levou as instituições privadas, como Bradesco e Itaú, a anunciarem cortes das taxas, no último dia 18.

Edição: Lílian Beraldo




Fonte: Agência Brasil

Turma isenta empresa de recolher contribuição assistencial de não sindicalizados


A contribuição assistencial da empresa, incluída em cláusula coletiva, imposta a toda categoria econômica viola o artigo 8º, V, da Constituição Federal, que assegura a liberdade de associação e sindicalização. Convenção coletiva estabelecendo tal contribuição a sindicato de trabalhadores não sindicalizados, ofende essa liberdade, justificou a Quarta Turma do TST, para conhecer recurso da Seduzione Indústria de Confecções Ltda. e excluí-la da condenação de recolher ao Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Calçados, de Vestuários e de Componentes de Guaporé contribuição assistencial, relativa aos empregados não sindicalizados.  
 
O Sindicato dos Trabalhadores firmou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato da Indústria de Calçados do Estado do Rio Grande do Sul e o Sindicato das Indústrias do Vestuário do Estado do Rio Grande do Sul para o ano de 2008. Entre outras cláusulas, acordou-se o desconto assistencial para a entidade profissional, de modo que as empresas, em nome do Sindicato Profissional convenente, obrigaram-se a descontar valor correspondente a 01 (um) dia do salário dos empregados constantes da folha de pagamento de agosto/2008 e recolhê-lo ao Sindicato até o dia 10 de outubro/2008.
Também estipulou-se o referido desconto no mês de dezembro de 2008, com recolhimento até 10 de janeiro/2009, sob pena de multa de 20%, juros e correção monetária. O fato de a Seduzione não ter efetuado os descontos dos empregados nem o recolhimento motivou o Sindicato a ingressar com ação de cumprimento na Justiça do Trabalho, objetivando a condenação da empresa em recolher os valores relativos à contribuição prevista na convenção, além da multa pelo descumprimento da obrigação.
Em sua defesa, a Seduzione alegou prejudicadas as pretensões do Sindicato, por que ele não demonstrou o fundamento de seu direito, ou seja, não comprovou que qualquer dos seus empregados fizesse parte do seu quadro de associados; não mencionou ou sequer individualizou os empregados associados, postulando genericamente sobre todos da folha de pagamento, sem mencionar o número dos quais pretendia o pagamento dos valores.
Não provada a não oposição dos empregados, presumem-se tacitamente autorizados tais descontos, tanto para associados como para não associados, dessas contribuições previstas na Convenção Coletiva de Trabalho de 2008, concluiu a Vara do Trabalho de Passo Fundo (RS), que condenou a Seduzione a pagar ao Sindicato a contribuição. Inconformada, a empresa apelou ao TRT da 4ª Região (RS), onde, vencido o relator, prevaleceu o entendimento da Turma, de a contribuição assistencial decorrente da negociação coletiva atingir toda a categoria, associados e não associados.
No seu recurso ao TST, a empresa sustentou que a imposição de recolher a contribuição assistencial a empregados não associados viola artigos da Constituição e ainda Precedente Normativo 119 e OJ 17, ambos da SDC/TST.
A ministra Maria de Assis Calsing, relatora do recurso na Turma, citou em seu voto a literalidade do Precedente Normativo e OJ indicados para observar que a jurisprudência do TST é de o Sindicato deter a prerrogativa de impor a cobrança de contribuição, objetivando o custeio do sistema sindical para os seus associados, excluindo dessa obrigação apenas os empregados não associados. Com isso, a ministra conheceu do recurso da empresa quanto às contribuições sindicais, por violação do artigo 8º, V, da CF e no mérito deu-lhe provimento para excluir da condenação o dever de recolher as contribuições relativas aos empregados não associados. 
 
(Lourdes Côrtes)

Fonte: 
Secretaria de Comunicação Social

Sefaz-RS implanta NF-e em 4 varejistas


Lojas Colombo, Panvel, Paquetá e Lojas Renner são as primeiras varejistas gaúchas a participar de um piloto de implantação de NF-e no Rio Grande do Sul.
Feito pela secretaria da Fazenda gaúcha, o projeto prevê a substituição dos processos de emissão de cupom fiscal, que exigem a utilização de um equipamento dedicado exclusivamente para este fim, pela emissão da NF-e, que já é utilizada nas operações entre empresas.
Na prática, ao fazer uma compra, o consumidor receberá uma NF-e contendo chave de acesso com dígitos – a qual poderá ser consultada através do site da Nota Fiscal Eletrônica.
Baguete
Segundo a Sefaz, a nota fiscal eletrônica é autorizada em tempo real pela Sefaz, à semelhança das transações realizadas por meio das máquinas de cartões de crédito.
Durante a fase inicial do projeto, a emissão da NF-e no varejo será opcional, pois os comerciantes poderão continuar utilizando também o cupom fiscal, que poderá servir como contingência.
“Aderimos ao piloto por entender que ele simplifica as operações dos contribuintes ao substituir os comprovantes fiscais nas operações de venda ao consumidor final por NF-e”, afirmou o gerente de TI da Colombo, Luis Carlos Alberti.
O objetivo do projeto, conforme o subsecretário da Receita Estadual, Ricardo Neves Pereira, é ter um sistema único de emissão de notas fiscais.
“Além de mais prático e menos oneroso, o novo modelo também conta com a transparência e segurança da NF-e”, ressalta o titular do fisco.
Ainda em fase de testes, a NF-e varejista deverá ser implantada oficialmente daqui a aproximadamente dois meses, sendo ampliada para outros setores.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Unificação de alíquotas do ICMS divide opiniões


Proposta de padronização do imposto interestadual dos importados foi aprovada ontem pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE)


Gilvânia Banker


O proposta aprovada pelas Comissões do Senado Federal que fixa em 4% a cobrança do imposto para importação de produtos via portuária gerou inúmeras discussões entre senadores, especialistas, governos estaduais e empresários.
A padronização do ICMS interestadual dos importados, de autoria do senador Romero Jucá (PMDB-RR), resolução 72 de 2010, já recebeu parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e ontem da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). O texto ainda deve ser votado no plenário do Senado.
O objetivo, de acordo com o parlamentar, é acabar com a chamada guerra fiscal dos portos. Hoje as alíquotas do ICMS vêm sendo calibradas por alguns estados como forma de atrair investimentos, garantindo novos negócios e empregos. O projeto também estabelece a competência do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) para definir os bens e as mercadorias enquadrados nessa nova norma.
Alguns setores acreditam que a mudança pode desestabilizar a indústria nacional. É o caso das empresas de máquinas e implementos agrícolas que já vêm sofrendo o afluxo de produtos estrangeiros que entram no Brasil com preços mais baixos por causa da atração de incentivos concedidos por alguns estados.
Na opinião do presidente do Sindicato da Indústria de Máquinas e Implementos Agrícolas no Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Affonso Amoretti Bier, a resolução vai favorecer o produto importado. “O governo precisa fazer uma campanha para manter o emprego aqui”, observa. Ele considera injusto que a indústria nacional pague, no caso do Rio Grande do Sul, 17% de ICMS, e os importados 4%.
Segundo ele, no ano passado, entrou cerca de R$ 1 bilhão em equipamentos no Brasil pela compra, em outros países, de máquinas utilizadas para aplicação de herbicida, o pulverizador. “Valor significativo que deixamos de ganhar no nosso País”, lamenta. Bier acredita que o Brasil precisa aplicar uma política tributária mais justa. “Sou a favor da unificação do ICMS, mas o imposto das mercadorias importadas deveria ser o mesmo dos nacionais”, opina. 
A indústria vitivinícola também tem concorrentes fortes de países como o Chile, Argentina e Uruguai, mas para o contador e advogado tributarista do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Marcos Fracalossi, a medida significa uma proteção à indústria nacional. Juntamente com uma equipe do Instituto, Fracalossi realizou um estudo sobre a tributação existente na cadeia de oito produtos fabricados no Brasil, tais como o próprio vinho, cerveja, cachaça, refrigerante, sucos, entre outros. O grupo analisou os regulamentos do ICMS dos 27 estados brasileiros.
“Encontramos as mais diversas discrepâncias, diferentes regramentos, cada estado com uma realidade diferente”, conta. A pesquisa, segundo ele, serviu para aumentar a convicção de que é fundamental a mudança na legislação do ICMS com a máxima urgência. “Isso sim é um grande entrave burocrático para o crescimento nacional”, avalia.
Segundo ele, existem cerca de 20 estados com benefícios fiscais. Santa Catarina chega a uma carga tributária efetiva de 4% para os produtos importados. O Espírito Santo, por exemplo, aplica 1% nas operações interestaduais praticadas por atacadistas. Conforme o contador, o produto nacional, como o vinho, sofre ainda mais, pois a maioria dos estados utiliza alíquota interna de 25%, o extremo é 30% no Pará. O Rio Grande do Sul utiliza a taxa de 17%.
Para ele, a aprovação da resolução 72 é um importante passo para unificar e inibir a guerra fiscal. Fracalossi diz que acabar com o embate entre os portos tem efeito imediato no País. “Não é a melhor solução, mas um passo importante a ser dado”.

Secretário da Fazenda gaúcho aposta em benefícios para o Estado com as alterações

Com o objetivo de acabar com a chamada guerra dos portos, o limite de 4% do ICMS equilibrará a disputa existente entre alguns estados como Santa Catarina, Espírito Santo e Rondônia. De acordo com o secretário da Fazenda do Rio Grande do Sul, Odir Tonollier, era “urgente” a normatização dessa batalha. “Acredito que a medida é importante para o País, pois acaba com os subsídios às importações, o que é inadmissível por parte dos estados que praticam esta política que suprime os empregos nacionais em detrimento da criação de postos de trabalho na China”, defende o secretário.
Segundo ele, haverá um forte impacto na indústria em um primeiro momento e, consequentemente, os estados passarão a arrecadar mais. Além disso, o Estado possui Santa Catarina na rota logística, promovendo créditos presumidos aos importados como um falso artifício para manter a movimentação dos portos.
A medida, para Tonollier, é um primeiro passo para a uniformização dos tributos, fator determinante para encerrar as disputas fiscais entre os estados da Federação. “Os secretários da Fazenda já trabalham nesta linha e projetam que as alíquotas sejam reduzidas para que haja facilidade na migração dos tributos de um estado produtor para outro consumidor”, diz.

Rigotto defende reforma tributária profunda no País

A mudança no percentual do ICMS nas operações interestaduais inquietou também os tributaristas e especialistas no assunto. O ex-governador Germano Rigotto, que se debruça sobre a questão da reforma tributária há anos, disse que a unificação é positiva, mas insuficiente para resolver toda a problemática que envolve esse complexo tributo. “É claro que com 27 legislações e 40 alíquotas não há mais como perdurar. Vamos precisar fazer uma reforma profunda”, acredita.  Rigotto lamenta que, com esse emaranhado tributário, o consumidor e as pessoas de baixa renda acabam sendo os mais penalizados, pois nem fazem ideia de quanto pagam em cada produto.
Segundo ele, o Planalto quer jogar com rapidez, fazendo com que a redução dos juros das dívidas compense as eventuais perdas decorrentes da guerra dos portos. “Fico gratificado ao ver que essas pautas entraram definitivamente num viés de encaminhamento prioritário.”

Resolução 72 é considerada inconstitucional, diz jurista

O jurista Roque Carrazza considera uma “inconstitucionalidade aberrante” o projeto de resolução 72/2010 do Senado, que uniformiza a alíquota do ICMS interestadual na comercialização de produtos importados. Carrazza, que participa de audiência pública em duas comissões da Casa sobre o assunto, disse que a mudança deveria ser feita por meio de projeto de lei complementar e não por uma resolução do Senado.
Segundo ele, a Constituição diz que qualquer projeto que propõe eliminar ou reduzir alíquotas do imposto tem de ser aprovado separadamente pelos deputados e senadores, em votações com maioria absoluta, ou seja, mais da metade da composição de cada uma das Casas.
Para o jurista, também não é possível dar tratamento fiscal ou tributário diferente a operações com produtos importados e a similares nacionais, conforme prevê a resolução. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) já deu decisões nesse sentido. Carrazza disse que a resolução até poderia fixar o percentual do ICMS, mas não poderia, por causa do “princípio da seletividade” utilizar percentuais diferentes para produtos importados e similares nacionais. “Os bens importados devem receber o mesmo tratamento do nacional”, afirmou.
Na mesma linha de raciocínio, o doutor em Direito Tributário e professor Fábio Canazaro, diz que o governo confunde o contribuinte quando aplica aumento de 30 pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros importados, por exemplo, e cria uma alíquota mais baixa para o ICMS para mercadorias vindas de fora do País. Com base nisso, o professor entende que a Resolução 72 está na contramão do crescimento do País. “É o maior absurdo dar incentivo às indústrias estrangeiras, isso é contra o desenvolvimento”, critica. Para ele, a disparidade existente entre os ICMS só se resolveria com a Reforma Tributária.
Apesar disso, Canazaro admite que o movimento de unificação possa representar o início da tal sonhada mudança no sistema tributário nacional. Porém, o especialista só acredita numa transformação paulatina e diz que o Brasil já está atrasado para começar essa reestruturação. “Os estados estão destruindo com as suas indústrias”, lamentou.


Fonte: Jornal do Comércio RS  - Caderno de Contabilidade

Revista Master - CRA/RS


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Fonte: Conselho Regional de Administração do RS

terça-feira, 17 de abril de 2012

Veja 8 dicas alimentares que podem ajudar a melhorar seu desempenho no trabalho


Veja 8 dicas alimentares que podem ajudar a melhorar seu desempenho no trabalho

Saiba quais são os alimentos mais indicados para quem deseja ser mais ágil e criativo e aumentar a produtividade no trabalho 
 
Há quem duvide, mas uma má alimentação pode ser a causa de muitos problemas pessoais e também profissionais, afinal, o organismo dá provas suficientes de que costuma ser um reflexo daquilo que o homem come. Portanto, se você é daqueles que costumam sentir mau humor no trabalho com uma certa frequência, é bom ficar atento! Talvez seu problema esteja justamente na alimentação.

De acordo com a nutricionista, farmacêutica e bioquímica Andrea Veronezzi, hábitos alimentares inapropriados podem afetar não só a saúde de um profissional, mas também comprometer o desempenho  no trabalho.
“Um indivíduo mal alimentado tem o raciocínio mais lento, sente desânimo, mau humor, sono e cansaço. Além disso, com o passar do tempo, ele pode apresentar problemas físicos, como diabetes, hipertensão, enxaquecas, entre outros, o que certamente reduzirá sua produtividade”, explica.

Motivos - Mas você sabe por que isso costuma ocorrer? Por uma dieta desequilibrada, causada por hábitos alimentares não tão corretos assim.
“O corpo precisa de equilíbrio e isso só pode ser alcançado com a ingestão de diversos grupos alimentares, ou seja, de vitaminas, minerais, proteínas, carboidratos e gorduras”, esclarece Andrea. Segundo a nutricionista, cada grupo de alimentos costuma ter um papel diferente no organismo, sendo cada um responsável por uma função vital do corpo.
“O ovo [gema] é uma fonte de colina, responsável pela formação de membranas celulares e que também atua como fonte de energia para o cérebro. Já os vegetais e as frutas são alimentos antioxidantes”, explica.
A profissional cita como exemplos as frutas vermelhas ricas em flavonóides, que ajudam a previnir o envelhecimento das células.

Desempenho em alta - Por isso, não adianta fugir: quem quiser se ver longe de problemas no trabalho pode fazer isso apenas apostando em uma alimentação mais saudável.
“As pessoas perceberam que uma alimentação saudável está relacionada com qualidade de vida, prevenção de doenças e, principalmente, longevidade”, relata Andrea, que ajudou o Portal InfoMoney a preparar uma lista com os principais alimentos que podem ajudar a melhorar o desempenho profissional.

Se você deseja estimular a memória e ser mais criativo: prefira alimentos como as carnes magras (principalmente peixes), oleaginosas, ovos, vegetais e frutas, afinal, estes são os alimentos mais aconselháveis para quem precisa de uma forcinha extra nesta área. “O peixe possui um ácido-graxo chamado ômega 3, que auxilia na oxigenação das células e também apresenta fósforo em sua composição - mineral que se destaca como uma importante fonte de energia”, explica Andrea. Exercitar-se também pode ser uma boa pedida, já que os exercícios estimulam o cérebro e preservam a memória.

Ser mais ágil nas tarefas: dê preferência aos carboidratos em geral, como as barrinhas de cereais, pães, torradas, bolachas, massas, arroz e batatas. E lembre-se de que os alimentos integrais costumam ser os mais indicados, já que contêm fibras e vitaminas do complexo B. Quem não gostar muito das opções mencionados anteriormente pode apostar na soja, no tofu, no leite (e proteínas) de soja, nas nozes e amêndoas.
“Absorvido lentamente pelo organismo, o carboidrato costuma ser uma importante fonte de combustível. Já a soja e os derivados se mostram importantes alimentos para a função motora, justamente por possuírem um aminoácido chamado tirosina”, diz Andrea.

Melhorar o humor: leite e derivados, assim como grão de bico, ervilha, feijões, banana, abacate, aveia, frutas oleaginosas, semente de gergelim e girassol são ideais para quem tem problemas de humor. Isso porque, segundo conta a nutricionista, estes alimentos contêm triptofano, ácido fólico, vitamina B6 e tirosina, que regulam os neurotransmissores (serotonina, dopamina e noradrenalina), responsáveis pelo humor.

Enxergar melhor: para quem passa muito tempo na frente do computador e precisa de um estímulo extra para a visão, os alimentos com pigmentação laranja, vermelha e amarelada podem ser uma boa opção alimentar. São exemplos as frutas como a laranja, o mamão, a cenoura, o caqui e a abóbora, que contêm vitamina A. “Tal vitamina é uma das principais protetoras da função ocular. Além disso, alguns alimentos ainda contêm luteína, que se trata de excelente antioxidante para a saúde dos olhos”, conta Andrea.

Ter mais força física: neste caso, os cereais integrais, frutas, vegetais e carnes são a melhor opção, já que são fontes de carboidratos, vitaminas e minerais responsáveis pela liberação de energia e ainda apresentam uma proteína responsável pela recuperação e construção muscular.

Reduzir o estresse: se o ambiente de trabalho for muito estressante, uva, brócolis, repolho, couve, cereais integrais e até mesmo a linhaça podem ajudar. A melancia, o tomate, a goiaba, o mamão e peixes também podem ser uma boa pedida, por apresentarem substâncias focadas no combate aos radicais livres, como os fitonutrientes, vitaminas, minerais e ácidos graxos - que, em outras palavras, reduzem o estresse.

Combater o sono: busque substâncias estimulantes que acelerem o sistema nervoso central e melhorem o estado de alerta. “Se optar por alguma que contenha cafeína (chá verde, chá preto, chá mate e o café), use-a com moderação e nunca após as refeições principais, pois elas reduzem a absorção de alguns nutrientes”, explica Andrea.
Contudo, se sua preferência for por temperos e especiarias, a canela, o gengibre, a noz-moscada e a pimenta podem ajudá-lo a se manter mais alerta no trabalho.

Combater a preguiça após o almoço: fuja da gordura! Essa é a melhor dica para não deseja sentir aquele desânimo após o almoço. Uma outra recomendação é evitar, de forma geral, os alimentos de lenta digestão. “O açúcar refinado, por exemplo, fornece uma carga rápida de energia, mas a sensação de moleza vem logo a seguir”, orienta a nutricionista, que reforça a importância de se comer pouco.
“Comer muito de uma só vez mobiliza muito esforço do corpo para a digestão e, com isso, não sobra 'gás' para mais nada”, argumenta.

Fonte: Infomoney
Matéria divulgada no site do Conselho Federal de Administração

Como Adquirir uma empresa funcionando


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 Fonte: Sebraesp

Brasil tem 26 CEOs entre os 50 com melhores performances do continente

País lidera a lista dos 50 melhores da América Latina; México aparece em segundo lugar, com dez profissionais, diz pesquisa
Infomoney

O Brasil possui 26 CEOs entre os 50 com melhores performances da América Latina, segundo revela pesquisa realizada pela Harvard Business Review Latina America.
De acordo com o levantamento, o país lidera a lista dos 50 melhores do continente, sendo que o México, com dez CEOs, aparece na segunda colocação.
Para escolher os melhores CEOS, a instituição levou em consideração quanto o executivo devolveu para os acionistas, tomando como base de comparação outras empresas do país. Na média, diz o estudo, em 8,8 anos no escritório, estes executivos geraram um retorno de 1440%. A média global é de 997%.

Os melhores
 
De modo geral, os CEOs da indústria de bens de consumo, que inclui bebidas, produto alimentícios e de higiene pessoal, dominam a lista dos 50 melhores da América Latina, respondendo por 20% do total. A menor representação, por outro lado, é da indústria de telecomunicações que possui apenas quatro representantes no ranking.

Entre os nove primeiros, aponta o levantamento, as cinco melhores colocações pertencem ao Brasil, como é possível verificar na tabela a seguir. Vale lembrar, que nem todos os listados continuam no cargo atualmente.

1 – Maurício Novis Botelho – Embraer (Brasil)
2 – Roger Agnelli – Vale (Brasil)
3 - Benjamin Steinbruch – CSN (Brasil)
4 – Arildo Zaroni Torres – Tractebel Energia (Brasil)
5 – Miguel Gomes Gutierrez – Lojas Americanas (Brasil)
6 – Paolo Rocca – Tenaris (Argentina)
7 – Renato Alves Vale – CCR (Brasil)
8 – José Antonio Fernández Carbajal – Femsa (México)
9 – Daniel Hajj Aboumrad - América Movil (México)

Fonte: Matéria divulgda no site www.administradores.com.br

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Brasileiros devem R$ 2 trilhões em impostos e contribuições atrasados

O Leão da Receita Federal está cada vez mais voraz. Além dos R$ 100 bilhões que abocanha todo mês dos contribuintes brasileiros, o governo federal cobra cerca de R$ 2 trilhões em impostos e contribuições atrasados que não foram pagos pelos trabalhadores e pelas empresas. O montante mais que dobrou em cinco anos e equivale à metade do Produto Interno do Bruto do país e a 20 meses de arrecadação da Receita. Essa dinheirama é fruto da inadimplência, em que o contribuinte declara, mas não paga, e da sonegação, quando há intenção de burlar o Fisco.

Metade desse montante — R$ 958,5 bilhões — está ainda na esfera da Receita, em cobrança administrativa. A maior parte é de responsabilidade de 3,6 milhões de empresas, que devem um total de R$ 830,6 bilhões. Dá uma média de R$ 230 mil para cada uma. Já as pessoas físicas — total de 3,3 milhões — deixaram de pagar R$ 58,7 bilhões aproximadamente. O valor médio é de R$ 17,7 mil.

Fonte: Matéria divulgada no site Jornal Contábil

Prorrogado prazo de entrega da DASN-2012

O prazo de entrega da DASN-2012, relativa aos fatos geradores do ano-calendário 2011, foi prorrogado para 20/04/2012.

A Resolução CGSN nº 99 foi encaminhada para publicação no Diário Oficial da União.
Tendo em vista que houve a emissão de multas por atraso na entrega nesta data, informamos que as mesmas serão canceladas.

O Comitê Gestor do Simples Nacional informa que até às 17 horas de hoje (16) mais de 3 milhões de declarações foram entregues.

Fonte: Assessoria de comunicação social - ASCOM/RFB

domingo, 15 de abril de 2012

Liderança e motivação: Mantendo a motivação no trabalho de equipes


Liderança e motivação: Mantendo a motivação no trabalho de equipes

Se sua equipe está sem vontade, amarelando e perdendo cada vez mais a motivação, você precisa tomar uma atitude! Todo empreendedor é líder e como tal precisa entender como funciona a motivação no trabalho.

Motivação é um assunto muito discutido entre empreendedores. Ainda assim poucos a compreendem totalmente, como ter uma equipe sempre motivada ainda é um mistério. Eu mesmo sofri grandes decepções até entender onde estava a lacuna, a falha em muitos treinamentos por aí.
Os consultores e palestrantes nos deram muitas idéias, nós aplicamos cada uma delas. O resultado final foi satisfatório, porém por um período curto de tempo. A motivação não se mantinha.
Os efeitos disso no negócio podem ser desastrosos se providências urgentes não forem tomadas, não só pelo amarelamento das equipes, mas também porque uma turma desmotivada é um sintoma de outras áreas doentes no empreendimento.
Se seu negócio está sofrendo com:
  • Alta rotatividade de funcionários
  • Diminuição da produtividade
  • Erros tolos e constantes
  • Faltas, atrasos e um monte de desculpas
  • Pessoas tristes, melancólicas e irritadiças
  • Funcionários com o desempenho despencando
  • Resultados aquém das metas definidas
Então sua turma pegou a virose do amarelamento e está sem motivação. Se algo não for feito logo, até quem estava animado vai desanimar porque, para piorar, essa virose é altamente contagiosa.
Será que existe alguma vacina para ela? A resposta é sim, mas antes da cura será preciso entender um pouco mais sobre a teoria da motivação.
Entendendo o que é motivação e movimento

Alguns consultores vendem movimento como se fosse motivação. Há muita diferença entre uma coisa e outra e é aqui que está o pulo do gato. Existe discussão sobre qual está certo ou errado, mas vejo espaço para ambos serem aplicados, cada um em seu devido momento.
  • Movimento é fácil e tem resultados rápidos
  • Motivação é difícil e tem resultados duradouros
Quando alguém faz algo para evitar punição, ganhar uma recompensa ou competição e o impulso inicial partiu de um terceiro e não dela própria, essa pessoa foi posta em movimento. Se não houvesse o estímulo externo ela não teria feito nada.

Se a iniciativa para realizações parte da própria pessoa por uma necessidade interior, se ela é levada a agir por um impulso interno, um desejo, então essa pessoa está motivada.

Com a verdadeira motivação em cena, é possível transformá-la em ação voluntária constante, direcionada a metas e objetivos com a ajuda de treinamentos e não há efeitos colaterais.

Já no movimento, se os estímulos cessarem ou não forem progressivos, tudo volta a estaca zero, podendo até ficar pior do que estava antes, gerando insatisfação. Então é preciso cuidado e planejamento.

Fonte: 

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Contador trabalha cada vez mais para o governo

O segmento contábil caminha à frente de outros países da América no que diz respeito a organização e ferramentas de pagamento
O ano de 2012 promete ser de mudanças dentro do setor de contabilidade. De acordo com Luiz Fernando Nóbrega, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRCSP) o segmento contábil caminha à frente do de outros países da América no que diz respeito a organização e ferramentas de pagamento, e o que falta para o setor deslanchar é a contra partida do governo federal no que diz respeito a carga tributária e simplificação dos trâmites legais.
Não há dúvida de que estamos entre os países mais avançados no setor de contabilidade. O que esperamos agora é que se desenvolva um processo mais fácil e menos burocrático, para que o contador tenha mais tempo para analisar separadamente cada ação, e agir melhor, afirmou o executivo.
De acordo com Nóbrega o papel do contador no Brasil está um pouco distorcido. Hoje o contador não trabalha para o cliente mas para o governo, disse ele, e continuou: Uma desburocratização por parte do governo eliminaria uma série de informações redundantes que são constantemente enviadas.
A expectativa do executivo é de que este ano o setor cresça a cima do crescimento médio da economia—por volta de 5%— e o que puxará o segmento é a força do meio contábil, que se faz cada vez mais necessário. A profissão contábil adentra 2012 com uma expectativa ainda maior do que a de 2011. Estamos sendo cada vez mais reconhecidos pela sociedade com um papel de destaque no auxílio efetivo aos nossos clientes. As normas internacionais estão se consolidando tanto na área privada quanto na pública, diz.
E com a desburocratização também será importante para valorizar o profissional da área. Quando o governo perceber que há uma necessidade de rever formas de tributação, nós mudaremos toda a cultura do segmento, assevera Nóbrega,e explica:Feito isso, o profissional irá escrever mais, pensar mais, e as tributações serão mais justas, e o crescimento será latente, teremos escritórios que contratarão ainda mais, universidades formarão ainda mais e empresas perceberão a necessidade de profissionalizar este setor, disse.
De acordo com executivo um dos passos caminhados ano passado pelo mercado contabilista brasileiro, que resultará num cenário positivo para o setor, é o destaque do País na adequação de leis internacionais de tributação. O Brasil se tornou um dos líderes mundiais do processo de convergência das normas contábeis, no ano passado.
Exemplo disso, explicou Nóbrega, foi a criação de um grupo do setor que representa a América Latina, e dá voz ao Brasil e países vizinhos sobre o setor. Criamos ano passado o Grupo Latino-americano de Emissores de Normas de Información Financiera (Glenif), presidido por um brasileiro, Juarez Domingues Carneiro, que também é presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), dando voz efetiva aos países latinos dentro do International Accounting Standards Board (Iasb). Esta conquista permitirá uma transposição interna muito melhor para as normais internacionais, haja vista nossa interferência no processo de elaboração destas.
Nóbrega afirmou ainda que o encaminhamento desta postura internacional resultará em promoção do profissional e da sociedade com relação ao setor. Ele explica ainda que para este ano, as mudanças pleiteadas pelo CRC estão em âmbito nacional são as mesmas feitas há algum tempo. Nosso pleito acaba se tornando um clichê, mas esperamos uma redução e simplificação da carga tributária, além de uma desburocratização dos processos de constituição e licenciamento das empresas.
Isso se traduz, para nós, profissionais da contabilidade, em uma economia de tempo valiosa que nos permitirá atuar em áreas mais nobres para os nossos clientes, áreas estas que possam gerar um maior valor com nossos serviços, analisa.
Mudanças
O executivo explica que há uma movimentação conjunta entre associações, empresas e contadores para pressionar o governo e mudar a realidade tributária do Brasil. É uma ação conjunta com pressão por parte dos órgãos que representam o setor,além de empresas que buscam melhorias.
Um dos meios usados para isso, explica, é a Internet. Já derrubamos algumas barreiras, mas ainda há muito que conquistar nesse meio ainda, disse. Falamos de um futuro ainda mais promissor, de um setor que não cresce mais em razão de impasses do governo, então, percebemos cada vez mais a ciência do contador com relação a isso, e a busca por melhorias, disse.
Damos assistência a todos os setores da economia, crescemos junto com todos eles, afirmou Nóbrega, que acrescentou: Para crescermos acima da média, precisamos otimizar o trabalho do contador, precisamos que ele gaste mais tempo descrevendo, por escrito, a realidade de cada negócio,e assim a tributação será mais justa, afirmou.

Solução requer paciência
Para driblar os problemas e manter o ritmo decrescimento a solução, de acordo com Nóbrega, está em um trabalho de formiguinha, em conjunto com todos os públicos. Não podemos esperar uma mudança brusca de última hora. Não funciona assim, disse.
O executivo afirma que o setor contábil no Brasil ainda pensa com uma cabeça às vezes antiquada com relação a tributação. Não é possível, muitas vezes, usar a mesma base de comparação para todos os impostos, há casos que precisam ser pensados e analisados separadamente.
A mudança, gradual, que já teve início, não tem prazo para ser resolvida, mas nem tudo está perdido. O mercado está otimista, o Brasil já tem voz ativa nos padrões mundiais do setor, e é uma questão de tempo para que as coisas se resolvam. Precisamos apenas manter o ritmo e o empenho, diz.
O cenário se mostra tão positivo que novas áreas começam a surgir dentro da contabilidade. Temos informações de novas categorias dentro da contabilidade, contratação de profissionais focados em análise, coisa que nunca existiu e abre um leque de opções para o emprego no setor.

A falta de mão de obra também é desafio no setor
Assim como em tecnologia da informação e construção civil, o segmento de contabilidade também tem enfrentado dificuldade quando o assunto é mão de obra especializada. De acordo com Luiz Fernando Nóbrega, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC), o retorno do exame de suficiência e os novos cursos para contabilistas trarão ao mercado profissionais mais preparados para atuação.
Voltamos com o exame no ano passado e tivemos no primeiro exame —que é semelhante ao dado pela Ordem dos Advogados do Brasil —aprovação na casa dos 30%, no segundo teste o índice foi de 50% isso mostra que há uma melhora gradual no perfil do aluno que entra no mercado, diz.
Nóbrega disse ainda que o exame tem a função de forçar toda a cadeia do setor, e nivelá-la por cima. As universidades precisam se adequar a nova realidade do segmento,os alunos precisam saber que é necessário dedicação para poder exercer a profissão a empresa fica mais segura sobre quem está contratando, disse.
Ele afirma que a necessidade de mais mão de obra especializada acontece pelo crescimento acelerado do setor, que segue a cima do crescimento da economia. As empresas às vezes precisam contratar profissionais de outras áreas e depois tentar trazê-los para a contabilidade porque há poucos profissionais no mercado.
Nóbrega lembra que alunos de cursos de Administração, Direito e Comércio Exterior são alguns dos exemplos. Temos casos de estudantes que começam em outras áreas e depois passam para contabilidade por ser uma área em constante crescimento. Quem precisou ampliar o leque de opção de profissionais para crescer foi o sócio da Ardana & Netto, que passou a contratar profissionais de outras áreas e oferecer cursos de contabilidade.
Ano passado já esbarramos em muitas dificuldades para encontrar contadores de perfil mais jovem, ideal para o nosso foco de trabalho, disse. A solução encontrada, explica o executivo, foi contratar profissionais de áreas similares, como a de administração de empresas e ciências atuariais,e oferecer cursos técnicos no setor contábil.
Hoje a empresa conta com 30 funcionários, sete dos quais não são contadores.

Perfil
O perfil do contador brasileiro tem mudado muito nos últimos anos, a explicação, segundo Nóbrega está ligada diretamente aos jovens que chegaram ao mercado de trabalho e trazem novas idéias para dentro dos escritórios. Falamos agora de um publico mais jovem e mais antenado, mais atento às necessidades de mudanças e aos novos rumos do setor, diz.
E o perfil do aluno que vai para a universidade também é diferente. Falamos de uma classe que, muitas vezes, vai iniciar a faculdade já trabalhando no ramo, já em contato com a profissão. Isso, de acordo com ele, representa um perfil diferenciado, inclusive, para os cursos. De fato podemos pensar em cursos de contabilidade que sejam feitos em Ensino à Distância (EAD) porque falamos de alunos que já estão no mercado de trabalho, e encontram no EAD uma forma pratica e eficaz de conseguir uma graduação e se preparar ainda melhor para o mercado, disse Nóbrega.

Fonte: Matéria divulgada no Jornal Contábil