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sábado, 6 de outubro de 2012

PwC bate recorde no Brasil e critica rodízio


Valor Econômico
Por Renato Rostás | De São Paulo
A PricewaterhouseCoopers foi a primeira firma de auditoria a ultrapassar a marca de R$ 1 bilhão em receita bruta anual no Brasil, mostram os números do exercício fiscal de 2012 da empresa divulgados ontem. Em 12 meses, a alta foi de 22,2% no indicador. A companhia é a única das chamadas "Big Four", as quatro maiores do setor no mundo, que não revela números exatos para a linha do balanço no país.

Enquanto a Ernst & Young Terco teve faturamento de R$ 902 milhões no mesmo período, subindo 24%, a expansão da Deloitte foi de 12%, atingindo R$ 932 milhões. A única que ainda não apresentou seus números ao mercado foi a KPMG.

A PwC, porém, reclama que uma prática regulatória por aqui pode ameaçar sua operação e a do setor: o rodízio mandatório de auditoria. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) obriga que as companhias de capital aberto mudem as firmas contratadas a cada cinco anos. Para Alves, isto reduz a possibilidade de manobras para aumentar honorários e compromete a sustentabilidade do negócio. "Vemos isso como um problema, porque você precisa investir treinando pessoas, mas tem que diminuir seu rendimento para conseguir conquistar clientes", reclamou Fernando Alves, sócio-presidente da PwC, em entrevista ao Valor.

Se por um lado a auditoria, segundo Alves, cresceu menos no ano fiscal do que poderia por conta do rodízio, os segmentos de consultoria em gestão e em tributos e questões societárias tiveram um desempenho em linha com o esperado. "Com isso, aumentamos o faturamento, o número de clientes e de profissionais", afirmou o executivo. No período, os investimentos no Brasil giraram em torno dos R$ 80 milhões.

De junho de 2011 a junho deste ano, os setores que mais contribuíram para a receita da PwC foram os de energia, de telecomunicações e de varejo. "Se a economia brasileira não é tão afetada pela crise, estamos bem posicionados em áreas que crescem acima da média", lembrou Alves.

No entanto, é o segmento da firma que cuida de pequenas e médias empresas que tem respondido pela maior parte dos ganhos no balanço. De acordo com o sócio-presidente, elas estão melhorando suas práticas contábeis e de governança e muitas podem aproveitar o melhor momento do mercado em 2013 para abrir seu capital.

Considerando o mundo como um todo, o período de 12 meses findo em junho deste ano trouxe também crescimento na receita bruta da consultoria. A alta chegou a 7,8%, alcançando US$ 31,51 bilhões. As regiões que mais se expandiram no resultado foram a América do Norte e o Caribe (13,2%), além da Ásia (8,8%).

Entre os campos de atuação, os processos de auditoria continuam sendo o principal negócio. O faturamento foi de US$ 14,86 bilhões no segmento, subindo 3,3%. A consultoria, entretanto, cresceu 16,7%, chegando a US$ 8,7 bilhões, e a área de tributação respondeu por US$ 7,94 bilhões, alta de 7,8%.
 
Fonte: Valor Econômico 

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