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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Do que é feito um líder

Segundo Rudolph Giuliani, ex-prefeito de Nova York, para liderar é preciso preparação e coragem

Por Elisa Campos

Duas da madrugada de 12 de setembro de 2001. Rudolph Giuliani chega a sua casa. Sentado na cama, sem conseguir dormir, vira-se para o criado mudo. Nele, encontra a mais recente biografia publicada de Winston Churchill. Passa então a ler o livro, em busca de respostas. O então prefeito de Nova York passara o dia tentando colocar ordem no caos, após o maior atentado terrorista da história dos Estados Unidos. Naquele 11 de setembro, dois aviões comerciais haviam atingido e derrubado as Torres Gêmeas do World Trade Center, matando mais de três mil americanos.


“Churchill assumiu como primeiro-ministro do Reino Unido em meio a Segunda Guerra Mundial e viu Londres ser bombardeada. Se ele resistiu a isso, eu também poderia resistir a esse acidente”, fala hoje Giuliani.

O episódio, narrado pelo ex-prefeito nesta terça-feira (01/12), no ExpoManagement, evento promovido pela HSM, em São Paulo, ilustra uma das habilidades consideradas fundamentais por Giuliani na construção de um líder: a leitura.

“O aprendizado é essencial para um líder. E não falo da educação formal, da escola, mas sim da convivência com amigos, pais, outros líderes em seu campo de atuação e dos livros. Hoje me dou conta de quanto aprendi sobre liderança lendo biografias”, fala. “Devemos ler o máximo possível. De livros a análises estatísticas. Se sua empresa quer entrar no Leste Europeu, não dependa somente da opinião dos outros. Leia a respeito da região, informe-se”.

O segundo ponto importante para a formação de lideranças, para o americano, é saber ouvir. “Existem pessoas que sabem o que você não sabe. Você deve se cercar delas e aprender”, aconselha.

O diálogo também é essencial. É preciso saber debater ideias. Giuliani conta que, quando tem que tomar uma decisão polêmica, sempre escala entre seus funcionários uma espécie de "debate": alguns defendem um ponto de vista, enquanto outros estão ali para atacá-lo. Dessa maneira, ele diz conseguir antever com mais precisão os possíveis problemas de determinada estratégia.

Outra atitude que pode ajudar um líder, segundo o ex-prefeito de Nova York, é escrever. “É uma atividade que demanda concentração. É uma parte muito importante do aprendizado, que é o que vai garantir que você seja um líder e não um seguidor”.

Para o ex-prefeito, dentre as características que precisam ser cultivadas pelos líderes estão a coragem e o otimismo. “Ninguém segue um pessimista. Já o otimista é aquele que sabe resolver os problemas. Ele vê os obstáculos, mas consegue se livrar deles. É preciso também coragem para tomar as decisões que precisam ser tomadas”, diz.

Nova Era

Sejam fãs ou não de tecnologia, Rudolph Giuliani defende que os executivos precisam estar atualizados com as últimas novidades, sob o risco de ficar para trás. Mais do que isso: aprender a tirar proveito das novas tecnologias de uma forma criativa pode ser um caminho para se destacar.

Giuliani fala com conhecimento de causa. Durante seu mandato à frente da prefeitura de Nova York, a instalação de um programa de computador, responsável por categorizar e localizar os crimes cometidos na cidade, foi um dos grandes responsáveis pelo drástico declínio da criminalidade.

O avanço tecnológico, no entanto, também traz alguns perigos. “A avalanche de informações muitas vezes cria uma atmosfera de crise, o que nos dá a impressão de que temos que tomar decisões rapidamente, levando a atitudes ineficazes. É uma realidade muito diferente do passado, quando os soldados continuavam a lutar uma semana após os países assinarem a trégua na guerra”, fala o americano.

Diferentemente do computador, o ser humano tem emoções, consciência, senso de moral e intuição. Essas características farão com que nós nunca possamos ser substituídos por máquinas, defende Giuliani.

“Hoje, mais do que nunca, nós precisamos de líderes porque somos bombardeados com muitas informações no nosso dia a dia”. Liderar ficou mais difícil, mas talvez também tenha se tornado mais compensador.

Fonte: Revista Época Negócios

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