Daniel Lima, Yara Aquino e Pedro Peduzzi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - Na busca de alavancar o crescimento da economia, o governo
anunciou hoje (27) o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
Equipamentos. A finalidade é disponibilizar R$ 8,4 bilhões para agilizar
as compras governamentais com preferência à aquisição de produtos da
indústria nacional. Esta é mais uma série de medidas para tentar evitar a
queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços
produzidos no país, ante a crise internacional.
O programa anunciado pelo governo prevê aquisições nas áreas de saúde,
defesa, educação e agricultura, como retroescavadeiras, ambulâncias,
ônibus escolares, motocicletas para policiais, veículos lançadores de
mísseis e blindados.
Na área de saúde, mais de 80 itens produzidos no país poderão ser
adquiridos com preços até 25% superiores aos dos concorrentes, de acordo
com o Ministério da Saúde. A margem de preferência vai variar entre 8% e
25% para o que for produzido pela indústria brasileira até junho de
2017. Entre os itens previstos estão tomógrafos e aparelhos de
hemodiálise.
O governo também oferecerá financiamento do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a compra de equipamentos
na área de saúde. Nesse caso, o índice de nacionalização deve ser de,
no mínimo, 60% como forma de estimular a produção de equipamentos
médicos no Brasil, conforme dados do Ministério da Saúde.
Além de estimular a economia, o programa vai atuar no combate a
problemas como a seca e beneficiar escolas por meio da compra de ônibus e
mobiliários. No total, na área educacional, serão adquiridos 8,5 mil
veículos e 30 mil móveis. Para combater a seca, serão comprados 8 mil
caminhões e 3 mil patrulhas agrícolas (conjunto formado por tratores e
implementos na busca de aumentar a produtividade agrícola).
Entre os veículos, estão ainda 2,1 mil ambulâncias para o Sistema Único
de Saúde e 160 vagões de trens, além de 500 motocicletas para as
polícias Federal e Rodoviária Federal.
Parte dos R$ 8,4 bilhões a serem gastos nas compras governamentais já
estava prevista no Orçamento de 2012, o adicional necessário chegará a
R$ 6,6 bilhões, de acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Com
isso, a previsão de investimentos do PAC para 2012 sobe de R$ 42,6
bilhões para R$ 51 bilhões. “É o maior já feito em um ano”, destacou.
As projeções de analistas do mercado financeiro, divulgadas esta semana
pelo Banco Central, indicam que a economia pode crescer apenas 2,18%,
em 2012, ante a crise mundial. Caso se confirme, será um crescimento bem
menor do que os 2,7% registrados no ano passado.
Edição: Talita Cavalcante
Fonte: Agência Brasil
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