Geração Y não quer saber da importância do cargo que um líder ocupa,
mas sim do conhecimento que ele apresenta. Preparado para essa nova
realidade?
Infomoney
Há tempos respeitar um superior meramente para cumprir um protocolo
hierárquico deixou de ser uma constante nas empresas. A geração Y que o
diga: os jovens de hoje não querem mais saber da importância do cargo
que um líder ocupa, mas sim do conhecimento que o executivo apresenta.
E acredite, tal exigência não se resume apenas a técnica. A garotada
quer mesmo um líder que saiba um pouco de tudo e que tenha habilidades
em gestão.
“No passado as pessoas respeitavam aqueles que detinham o
conhecimento técnico, mas hoje não. A relação de respeito se dá por
reconhecimento”, diz o diretor da Page Personnel, Roberto Picino.
Segundo ele, cobranças e controle de nada adiantam nos dias de hoje. O
jovem precisa mesmo de contexto. “Ele tem que fazer parte dos objetivos
da empresa e realizar o trabalho por uma causa maior. Se o ambiente não
promover esta troca, o jovem buscará outra oportunidade e certamente a
encontrará”, explica o diretor.
Outros atributos
E não é só disso que eles precisam: transparência e integridade também são fundamentais.
“Tanto os jovens quanto os mais maduros respeitam os líderes
íntegros, que sejam coerentes em seu discurso e pratiquem aquilo que
falem”, diz a consultora associada da Muttare, Roberta Yono Ebina, que
acredita que nem sempre isso aconteça nas empresas.
Na opinião dela, por exemplo, o mundo corporativo não costuma ser
muito transparente, especialmente por conta de alguns gestores que têm
seus bônus ligados ao resultado da empresa.
É hora de mudar
E não se preocupe se você ainda não conseguiu entender ou se adequar tão bem à essa nova realidade. Ainda dá tempo de mudar.
De acordo com Picino, para correr atrás do prejuízo o líder deve se
preocupar, primeiramente, em entender as pessoas, pois mesmo os mais
jovens podem ter objetivos diferentes de vida. “Cada pessoa será e terá
motivações diferentes”, diz.
Além disso, é importante lembrar que o gestor não pode se esquecer de
construir uma equipe que se complemente, sendo honesto quanto aos
próprios gaps. “Ele precisa entender, ouvir e desafiar essa
geração visando sempre novos ensinamentos. É fundamental também que ele
evite comparações como a clássica: não é assim que funciona, na minha
época...”, explica o diretor.
Feedbacks
E não se esqueça da importância dos feddbacks, afinal, um líder também precisa saber o que sua equipe pensa da sua gestão.
“Ele deve buscar o feedback dos seus colaboradores e não somente do
chefe nem dos pares. A recomendação é que ele procure aquele com quem
ele tenha mais diferenças”, diz Roberta.
E não tenha medo de perguntar. Questione se o colaborador gosta de
trabalhar com você e se o que você faz, o ajuda ou o atrapalha no
trabalho. Além disso, peça a opinião dele sobre quais mudanças ele
gostaria de ver em você. Isso aproxima a equipe.
"Perguntar demanda uma boa dose de coragem, pois o líder poderá ouvir
coisas das quais ele não tem a mesma percepção. Por isso, numa
abordagem como essa é essencial que o gestor não justifique suas ações
ou tente convencer o outro de que ele está errado", avisa Roberta.
Segundo ela, somente desse modo será possível entender o que ocorre
na mente da própria equipe e checar no que ele pode ser melhor. “Existem
programas de capacitação, cursos e livros que podem ajudá-lo nesta
tarefa”, avalia.
Fonte: Matéria divulgada no site www.administradores.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário