Carolina Sarres
Repórter da Agência Brasil
O faturamento da indústria brasileira cresceu 2,5% em
novembro de 2012, em comparação a outubro, após dois meses consecutivos
de queda, segundo o levantamento Indicadores Industriais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado hoje (17).
Para a confederação, o aumento é um indicador “robusto”, e o
crescimento do setor deverá fechar o ano em 2,5%, o que aponta moderada,
mas persistente recuperação da atividade industrial e para um panorama,
no geral, positivo.
A área em que houve o maior faturamento em novembro foi a da indústria
de vestuário, com crescimento de 6,2%, aumento de 11,3% no emprego e de
10,7% nas horas trabalhadas.
O pior desempenho foi no setor de material eletrônico e de comunicação,
com queda de 23,5% na produção, diminuição de 11,7% no emprego e de
1,3% na massa salarial.
A utilização da capacidade instalada apresentou o maior resultado desde
março do ano passado, com a média de 81,4% da indústria em operação. Em
relação ao mesmo período de 2011, o índice foi o mesmo.
O aumento do uso da capacidade industrial instalada sinaliza avanços
positivos para os investimentos em 2013, de acordo com o economista da
CNI Marcelo de Ávila.
Para o gerente executivo de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo
Branco, a redução da ociosidade da indústria, acompanhada da manutenção
relativa dos salários, gera pressão sobre os custos das empresas.
Ele explica que isso implica impacto sobre a competitividade dos
produtos brasileiros em relação aos importados e sobre o Custo Brasil –
que considera não só os custos nas indústrias, mas também a logística,
os tributos, entre outros fatores que oneram a produção no país.
Segundo Castelo Branco, a manutenção dos salários reflete a dinâmica do
mercado de trabalho brasileiro, que mantém níveis baixos de desemprego,
o que faz com que a demanda por mão de obra seja constante.
Fonte: Agência Brasil
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