O Globo
O Censo do IBGE de 2010 mostrou que, em dez anos, o nível de instrução das mulheres continuou mais elevado que o dos homens. Em 2000, as mulheres já eram maioria no ensino superior. E as novas tabulações do Censo referentes a 2010 revelam que, entre as 20 carreiras universitárias com maior número de recém-formados de 20 a 29 anos, as mulheres só não são maioria em cinco delas, informa Ancelmo Gois em sua coluna publicada na edição de domingo de O GLOBO. São elas: ciência da computação, engenharia civil, engenharias, economias e cursos gerais de saúde.
No curso de ciência da computação, por exemplo, apenas 22% são estudantes do sexo feminino. No de engenharia civil e de construção, elas são 28%, e no de engenharia e profissões de engenharia (cursos gerais), 30%. Ainda de acordo com os dados do IBGE nos de saúde (cursos gerais) e de economia, as mulheres já são quase a metade: 48% e 47%, respectivamente. (Para acompanhar o Boa Chance no Twitter, clique aqui)
Nas demais carreiras, incluindo as de alta remuneração, como medicina (54%) e odontologia (69%), as representantes do sexo feminino já superam os homens.
Os dados do Censo do IBGE mostram ainda que nos curso de ciências da educação, psicologia, enfermagem e atenção primária, terapia e reabilitação, e letras/português (língua materna - vernácula), o percentual de mulheres ultrapassa os 80%, com destaque para ciências da educação, com 91%.
De acordo com o IBGE, O nível de instrução das mulheres ficou mais elevado que o dos homens. Na população masculina de 25 anos ou mais de idade, o percentual de homens sem instrução ou com o fundamental incompleto foi de 50,8% e o daqueles com pelo menos o superior de graduação completo, 9,9%. Na população feminina, esses indicadores foram 47,8% e 12,5%, respectivamente. O contingente feminino com pelo menos o curso superior de graduação completo foi inferior ao do masculino somente nas faixas a partir dos 60 anos de idade.
Confira abaixo o percentual de mulheres por curso:
- Ciências da Educação - 91%
- Psicologia - 87%
- Enfermagem e atenção primária - 86%
- Terapia e reabilitação - 85%
- Letras/português (língua materna- vernácula) - 83%
- Biologia e bioquímica - 72%
- Odontologia - 69%
- Formação de professores com especialização em matérias específicas - 66%
- Jornalismo e reportagem - 64%
- Marketing e publicidade - 57%
- Gerenciamento e administração - 57%
- Contabilidade e tributação - 56%
- Direito - 55%
- Medicina - 54%
- Formação de professores de disciplinas profissionais - 53%
- Saúde (cursos gerais) - 48%
- Economia - 47%
- Engenharia e profissões de engenharia (cursos gerais) - 30%
- Engenharia civil e de construção - 28%
- Ciência da computação -22%
Fonte: Matéria publicada no site do Conselho Federal de Contabilidade
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