Marli Moreira*
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje (4) que
as cadernetas de poupança serão mantidas como “o melhor investimento
financeiro” no país para a grande maioria da população. Segundo ele, a
certeza vale inclusive neste momento em que passam a vigorar as regras
anunciadas ontem, que podem implicar perda de rentabilidade em
comparação ao modelo anterior. “O novo [investidor] também deve investir
porque vale a pena”, sugeriu.
Mantega informou que existem cerca de 100 milhões de cadernetas de
poupança no país. De acordo com ele, os poupadores atuais “não devem
fazer nada”, lembrando que há vantagens nesse tipo de aplicação, como a
isenção no pagamento do Imposto de Renda e a possibilidade de saque do
dinheiro a qualquer momento, além de “boa rentabilidade”.
O ministro acrescentou que o rendimento tende a ser igual ou até
maior do que o obtido por meio dos fundos de renda fixa. Mantega faz
palestra no seminário O Brasil 2020: Rumos da Economia, na capital
paulista. Participam do encontro enconomistas como o presidente do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Porchmann, e o
professor da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC) Luiz
Gonzaga Belluzzo.
Ontem, ao anunciar as novas regras para a poupança, Mantega
ressaltou que o correntista que aplicou até agora não será afetado pelas
novas medidas de remuneração da caderneta. A alteração valerá apenas
para os depósitos feitos e para as contas abertas a partir de hoje.
Até ontem, o critério de remuneração da poupança – 6,17% ao ano mais
variação da Taxa Referencial (TR) – será substituído pela variação da
TR mais 70% da Selic, quando a taxa básica de juros chegar a 8,5% ao ano
ou menos. A Selic está fixada em 9% ao ano.
Pelas novas regras, quem tem uma caderneta de poupança terá o saldo
corrigido de duas formas: pelo rendimento tradicional, para o dinheiro
guardado até hoje e pela nova regra, para os futuros depósitos. Como a
Selic ainda não está abaixo de 8,5% ao ano, por enquanto não haverá
mudança alguma para os aplicadores.
*Colaborou Renata Giraldi//Edição: Graça Adjuto
Fonte: Agência Brasil
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