As conseqüências das crises financeiras e a do Euro, agregada a
inundação de produtos chineses que atropelam o produto nacional, e ainda
diversas outras variáveis intrínsecas e extrínsecas que influenciam a
continuidade e a sustentabilidade das pequenas empresas, estão
dificultando sua longevidade, demonstrando com clarividência que essa
BOLHA poderá vir á tona a qualquer momento.
Essa BOLHA já quantifica 3 bilhões, segundo informações das
autoridades competentes, e essa progressão geométrica está preocupante.
Ficou cristalino que as dificuldades fiscais, tributárias e
trabalhistas fazem parte desse problema, e de nada adianta a
flexibilização dessas dívidas, pois maior gravame é extrínseco.
Estamos diante de um fato inconteste que poderá dificultar gestores,
empreendedores, e demais profissionais envolvidos, mas sabemos que a
solução virá a médio e longo prazo, mas deriva de outros fatores
exeqüíveis, mas essenciais.
Empresas integrantes do sistema Simples Nacional As empresas
integrantes desse sistema têm menor impacto tributário e trabalhista e
ainda o menor custo operacional, mas sabemos que apesar de ter a
possibilidade de tratamento diferenciado e a oportunidade de receber
empréstimos e financiamentos dos cofres governamentais, nada disso
inibiu a existência de práticas não convencionais pelos seus mentores.
Todos os meios e recursos que foram comprometidos com esse sistema
foram desenvolvidos e aplicados, mesmo com o SEBRAE implementando cursos
rápidos para capacitação e qualificação desses gestores, não impediram
essa inadimplência, que comprova que o incentivo fiscal deve ser
equânime ao investimento educacional de longo prazo.
Os gestores e empreendedores não estão preparados para a realidade
econômica globalizada que se apresenta e diversos profissionais não
estão preparados para essa realidade.
Agora podemos entender que o sistema arrecadatório deve repensar
sobre a existência dessas variáveis para a sua alimentação que podemos
identificar que quão mais rápido a sua identificação menor RISCO
acontecerá.
O sistema agrega o maior número de empresas do Brasil inclusive
diversos profissionais estão nelas envolvidos direta ou indiretamente,
mas estamos cientes que essa massa não estava preparada para tal feito
haja vista a sua pífia educação em sua formação.
Contabilidade
Os profissionais envolvidos na contabilidade dessas empresas estão
sofrendo alhures, pois é visível a precária situação em que elas irão se
deparar, mesmo aquelas que poderão parcelas suas dívidas.
A inexistência de transparência, de controle interno, de controle de
custos despesas, controle de estoques, a ausência de um diagnóstico
empresarial, de um PES – Planejamento Estratégico Sustentável,
planejamento tributário, planejamento de receita e demais que
representam fatores essenciais para a gestão foram desprestigiados em
detrimento a práticas não convencionais que nebulam profissionais
desqualificados e despreparados.
A busca de redução de custos e despesas focadas na idéia de elevar a
arrecadação gerou esse elefante branco, que fatalmente destruirá sonhos,
capital, investimentos, profissionais e sonhos, mas mostrará a
realidade que qualquer ação progressista que deveria levar em
consideração a existência de uma educação de qualidade para manter a sua
continuidade.
Lamento que profissionais, gestores, empreendedores e similares
estejam envolto nessa teia, mas foram vitimas de sua inépcia e sua
crendice em programas que exigem formação especifica.
“O mais gritante é que não há melhor alternativa a não ser continuar
com esse sistema (MEI, MICRO, EPP, EIRELI), já que os demais (lucro
presumido e, real) exigem maior recurso e conhecimentos, haja vista o
atual sistema eletrônico de fiscalização.”
Visão de futuro
Com o aumento populacional, o governo deve manter e melhorar suas
políticas públicas, mas doravante, gestores, empreendedores,
investidores e profissionais envolvidos, devem observar que qualquer
atividade econômica licita deriva de transparência, controle interno e
principalmente dos fatores abaixo relacionados:
Acredito que todos estão comprometidos a aprimorar constantemente a
disponibilização de informações financeiras sobre as empresas que atuam
no País, a partir do mais alto grau de consistência e transparência, a
fim de orientar adequadamente os processos de tomada de decisão dos
investidores e agentes do mercado.
Entendo ainda que qualquer atividade econômica, inserida nesse novo
cenário globalizado, para ser considerado sustentável é necessário
manter o equilíbrio nos aspectos financeiro, social e ambiental, sendo
assim deve atender a sete princípios básicos:
a) Ser ecologicamente correto;
b) Ser economicamente viável;
c) Ser socialmente justo;
d) Ser financeiramente rentável;
e) Ser culturalmente aceito;
f) Ser legalmente exeqüível;
g) Ser melhorado continuamente.
CONCLUSÃO
Essa bolha está se formando com velocidade e poderá implicar na
estabilidade econômica que estamos almejando, daí após sua identificação
acredito que estamos possibilitados a proceder a sua correção, mas não
agravas mais ainda esse sistema.
Profissionais, gestores, empreendedores, investidores e demais deve
rever suas estratégias o mais rápido possível, pois o sistema
fiscalizatório eu está em plena evolução com o uso da informática,
poderá facilmente e rapidamente identificar os responsáveis para
imputação de suas responsabilidades devidas.
Apesar da ilusória indução da menor carga tributária sua
simplificação será o instrumento mais voraz que deve satisfazer a gula
arrecadatória, já que tem o maior número de empresas.
A massa atingida é desprovida de formação e educação profissional de
qualidade, sendo facilmente controlada e passível a qualquer
compensatória, principalmente quando pensamos em dividendos políticos.
Profissionais e gestores estarão num sistema em que velhas práticas,
vulgarmente chamadas de estratégias não e surtirão os efeitos desejados e
se praticadas porão em grave risco o patrimônio de suas empresas.
Estamos diante de um divisor de águas e devemos nos preparar para
entender suas conseqüências, que poderá destruir capital, investimento
profissões e sonhos.
Preocupa-me o futuro das empresas cujo, gestores, investidores,
financiadores, executivos, empreendedores, contadores, consultores e
assessores e demais profissionais que não tiveram a oportunidade da
leitura e entendimento dos meus artigos e livros, mas devemos entender
que o sistema é voraz e vitima aqueles incautos ainda existentes.
Por outro lado entendo perfeitamente que o sistema se alimenta
daqueles que não estão preparados para o mercado globalizado e deverão
pagar por sua limitação.
Elenito Elias da Costa
Fonte: Matéria publicada no Jornal Contábil
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