No País, tributos são responsáveis por um terço do preço de um automóvel, enquanto nos EUA a participação de impostos é de 6%
Fonte: Terra
Impostos são responsáveis por um terço do
preço de um automóvel no Brasil, de acordo com participantes da
audiência pública realizada na terça-feira (25) na Comissão de Assuntos
Econômicos (CAE) do Senado.
Segundo o secretário-geral da Confederação Nacional dos Metalúrgicos
(CNM), João Vicente da Sylva Cayres, a participação de tributos no preço
dos carros no Brasil é de 30%. O peso da carga tributária é quase duas
vezes maior do que em veículos vendidos na Alemanha, França Reino Unido e
Espanha (17%). No Japão, impostos respondem por 9% do preço de um
veículo, enquanto nos Estados Unidos essa participação é de 6%, segundo
Cayres.
O sindicalista também disse que, no Brasil, o preço de um automóvel
se divide da seguinte maneira: compra de materiais e componentes (50%),
peças de reposição (12%), mão de obra (8%), despesas com vendas (4%),
propaganda (3%), fretes (1,6%), água e energia elétrica (0,3%), além dos
tributos (30%).
Lucro
De acordo com o presidente da Associação dos Fabricantes de Veículos
Automotores (Anfavea), Luiz Moan, somando os impostos indiretos, metade
do valor do veículo seria referente aos custos de produção no Brasil. A
outra metade diz respeito aos salários da cadeia produtiva e à margem de
lucro das montadores.
“A margem de lucro praticada no Brasil é até menor que a margem
mundial. Na média dos últimos nove anos, no Brasil tivemos uma
lucratividade de 2,9% sobre o faturamento, enquanto internacionalmente
essa margem é de 3,1%”, disse Moan.
O presidente da Federação Nacional da Distribuição de veículos
Automotores (Fenabrave), Flávio Antônio Meneghetti, disse que a
tributação sobre o setor é o maior problema para a formação do preço
final de um automóvel. Apesar da isenção do IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados) promovida pelo governo federal entre maio de 2012 e
dezembro de 2013, Meneghetti ressaltou a incidência de tributos como
PIS/Confins e ICMS sobre os carros.
“O governo federal deixou de arrecadar R$ 5 bilhões de IPI, mas
ganhou R$ 5,6 bilhões em PIS/Cofins, R$ 6 bilhões em ICMS e R$ 1,5
bilhão de IPVA. Saldo líquido: o Brasil arrecadou mais de R$ 8 bilhões
nesses 19 meses”, afirmou.
Fonte: Matéria publicada no site https://www.ibpt.org.br/
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