Desde 1º de janeiro, salário subiu, mas IPI e acessórios do carro devem afetar contas do brasileiro
Fonte: R7
No momento em que os fogos de artifício
pintaram o céu com luzes e cores anunciando a chegada do Ano-Novo na
madrugada da última quarta-feira (1º), o bolso dos brasileiros já foi
impactado por, pelo menos, quatro medidas econômicas do governo federal.
Como esta quinta-feira (2) é o primeiro dia útil de 2014, o R7 levantou
as principais mudanças que devem afetar as contas da sua casa.
Entre as alterações estão o reajuste do salário mínimo; a redução dos
descontos do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) de carros,
móveis e painéis de madeira; a lei que determina a instalação de air
bags e freios ABS nos veículos novos; e o reajuste anual da tabela do
Imposto de Renda.
Outra mudança, que entrou em vigor "nos acréscimos" em 2013 e afeta
diretamente o bolso do brasileiro, foi o aumento do imposto para compras
no exterior com cartão de débito.
Ontem, o salário mínimo passou de R$ 676 para R$ 724. O reajuste de
6,78%, porém, ficou só na teoria. Como a inflação de 2013 deve ficar em
5,73%, o salário maior não deve aumentar muito o poder de compra dos
consumidores.
A projeção de inflação foi estimada por mais de cem economistas e
divulgada pelo BC (Banco Central), no último dia 30. Assim, o incremento
dos vencimentos dos trabalhadores deve minimizar apenas as perdas
causadas pela escalada de preços no ano passado.
IPI x veículos
A mudança da alíquota de IPI para carros novos elevará o preço final
dos veículos entre 2,4% e 3,3%. Os compradores, porém, tendem a perceber
o reajuste em até 45 dias, graças aos estoques do ano passado. Isso
quer dizer alguns veículos que estão nos pátios das concessionárias
ainda estão com o preço menor.
A lei que obriga fábricas automotivas a instalarem air bag e freio
ABS em todos os veículos produzidos no País a partir de 1º de janeiro
também deve pesar no bolso do brasileiro. As montadoras estimaram
reajuste médio de R$ 1.500.
Além dos carros, o Ministério da Fazenda também determinou que o IPI
cobrado de móveis e painéis passasse de 3,5% para 4%. A medida deve ser
repassada para o preço dos produtos e, por isso, móveis e painéis tendem
a subir nesta mesma proporção em 2014.
Imposto de Renda
Para completar, a tabela do Imposto de Renda foi corrigida em 4,5%
este ano, mantendo média histórica de ajuste iniciada em 2007. A Receita
Federal informou que quem ganha até R$ 1.787,77 por mês ficará isento
do tributo.
Salários entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29 pagarão alíquota de 7,5%.
Contribuintes com vencimento salarial entre R$ 2.679,30 e R$ 3.572,43
pagarão 15% de taxa.
Os brasileiros que têm rendimentos de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81
devem recolher 22,5%. Por fim, quem ganha acima de R$ 4.463,81 vai
destinar mensalmente 27,5% do salário aos cofres do governo.
Viagem ao exterior
Embora tenha passado a valer pouco antes da chegada do Ano-Novo,
outra mudança que merece destaque é o aumento da cobrança de IOF
(Imposto Sobre Operações Financeiras) para saques de moeda estrangeira
ou pagamento com cartão de débito no exterior.
No último dia 27 de dezembro, o Ministério da Fazenda aumentou o
tributo de 0,38% para 6,38%. Agora, a melhor maneira de viajar sem pagar
impostos é carregar dinheiro em espécie — vale lembrar que há limites
de transporte de moedas, que varia conforme o país de destino.
O reajuste também vale sobre compras de cheques de viagem (traveller
checks) e carregamento de cartões pré-pagos com moeda estrangeira.
Matéria publicada no site https://www.ibpt.org.br/
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