Expectativa
é que 2014 seja um ano de grandes avanços de desburocratização para o
empreendedorismo, principalmente para os pequenos negócios
As
empresas nacionais iniciaram o ano com a boa notícia da extinção da
obrigatoriedade do reconhecimento de firma para a maior parte dos
serviços da Receita Federal do Brasil, como os necessários para a
inscrição e a alteração do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
A
mudança, segundo a RFB, faz parte da agenda de desburocratização do
órgão e “está amparada no princípio da boa-fé”. Agora, o reconhecimento
poderá ser exigido apenas quando houver dúvida quanto à autenticidade de
assinatura.
Para
o presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, a campanha
de simplificação do Governo Federal, encampada pelo Ministério da Micro e
Pequena Empresa, conduzida por Guilherme Afif Domingos, já trouxe bons
resultados para o empreendedorismo no ano passado, e a expectativa para
2014 é positiva. “São facilidades importantes para o incentivo e o
desenvolvimento das empresas e dos pequenos negócios”, destaca o líder
setorial.
Mudanças à vista
Em
meados de dezembro, grandes anseios das micros e pequenas empresas
brasileiras foram aprovados pela Comissão Especial da Câmara dos
Deputados, como a universalização do enquadramento no Simples Nacional,
ou seja, o ingresso ao regime estará acessível para qualquer atividade
econômica, com limitação apenas de faturamento; e a desejada extinção da
substituição tributária para as organizações do sistema simplificado.
Estas
bandeiras foram reforçadas ao longo do ano por audiências públicas
promovidas em diversos estados brasileiros pelo Ministério da Micro e
Pequena Empresa, por parlamentares e entidades como a FENACON, o
SESCON-SP, o SEBRAE e a ACSP.
O
projeto que contempla estas mudanças deve ser votado no primeiro
semestre deste ano na Câmara Federal. “Avançamos muito nesta votação e
vamos acompanhar a tramitação até o fim, em nome da melhoria do ambiente
empresarial brasileiro”, argumenta Sérgio Approbato Machado Jr., que
participou da votação no Congresso Nacional.
Novo teto
Outra
reivindicação dos pequenos negócios que vem sendo estudada pelo Governo
Federal para 2014 é a ampliação dos tetos de faturamento das
organizações optantes pelo Simples Nacional e dos Empreendedores
Individuais, que hoje são, respectivamente, R$ 3,6 milhões e R$ 60 mil
anuais.
A
criação de uma faixa de transição no Simples Nacional também está sendo
analisada pelo SEBRAE e o Ministério da Micro e Pequena Empresa, cuja
proposta deve ser levada ao Congresso Nacional ainda neste ano.
Prazo para opção pelo Simples Nacional termina dia 31
E por falar em Simples Nacional, o prazo para a adesão ao sistema simplificado de tributos termina no próximo dia 31 de janeiro.
A
opção é feita no Portal do Simples Nacional, que está abrigado no site
da Receita Federal do Brasil www.receita.fazenda.gov.br. Para a
efetividade do pedido, no entanto, é necessária a extinção de possíveis
pendências que possam inviabilizar o processo de adesão.
As
empresas que já aderiram em anos anteriores também devem ficar alertas,
tendo em vista que o não ajuste de uma possível situação de débitos
tributários pode acarretar em exclusão do regime.
Outra
medida que deve ser tomada pela empresa antes da opção, segundo o
presidente do SESCON-SP, Sérgio Approbato Machado Júnior, é a realização
de uma radiografia do negócio. “É preciso analisar os números da
organização e fazer prospecções”, explica o empresário contábil, ao
frisar que uma decisão acertada agora pode determinar o sucesso do
negócio durante o ano e que, em determinadas situações, o Simples
Nacional não se mostra a melhor escolha.
Fonte: Jornal Contábil
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