O segredo é não depender de um produto, mas atuar em torno de uma ideia
Por Cezar Taurion
Constantemente apresento palestras sobre inovação e uma das perguntas
que sempe ouço é "como a IBM planeja o futuro?". Uma boa pergunta e
vamos compartilhar um pouco destas ações de planejamento aqui neste
post. Quando a IBM completou 100 anos, em meados do ano passado a
revista Economist publicou um artigo muito interessante, chamado "The test of time: Which of today's technology giants might still be standing tall a century after their founding?". Este outro artigo, "1100100 and counting"
complementa o primeiro. A leitura dos dois textos nos dá uma visão bem
interessante de como uma empresa sobrevive 100 anos se mantendo no topo
de um setor extremamente competitivo como o de TI. O segredo é não
depender de um produto, mas atuar em torno de uma ideia, que para IBM é
empacotar tecnologias para gerar soluções para os clientes.
No cerne da ideia está a inovação. É absolutamente essencial ter uma visão da direção dos avanços tecnológicos e da demanda do mercado, de modo a se antecipar aos movimentos deste. Para isso a IBM desenvolve e incentiva diversas ações focadas nas transformações da tecnologia, sociedade e cenários de negócio.
Em tecnologia a IBM desenvolve anualmente o GTO (Global Technology
Outlook), envolvendo onze laboratórios em nove países. O objetivo do GTO
é identificar tendências e tecnologias disruptivas de alto impacto na
sociedade e nas empresas em um horizonte de 3 a dez anos. É um processo
que leva cerca de um ano e envolve profissionais das áreas de negócio,
que estão envolvidos diretamente com as verticais de industria e seus
principais clientes, a própria área de pesquisas, além da academia e
parceiros de negócios. Claro que um dos principais inputs vem da área de
pesquisa, a IBM Research. Um resumo do GTO para 2012 está aqui.
Imagem: reprodução |
Outra fonte de insights é o GIO ou Global Innovation Outlook, que
gera uma visão mais abrangente das mudanças que tem o potencial de
afetar a sociedade e as empresas de forma bem ampla. O GIO pode ser
acessado aqui.
O ultimo e bem interessante relatório produzido pelo GIO aborda a
questão da segurança e privacidade no mundo digital. Vale a pena a
leitura.
Outra fonte de ideias e direcionamentos é a IBM Academy of Technoloy que atua no desenvolvimento da comunidade técnica da empresa, engajando clientes neste contexto.
O processo de inovação colaborativa é amplamente incentivado e uma
das mais conhecidas iniciativas da IBM foi o Innovation Jam em 2006.
Desde então diversos jams ou brain-storms virtuais foram desenvolvidos.
Para conhecer melhor a mecânica dos jams sugiro acessar a página.
A análise de cenários de negócio é efetuado pelo IBV, IBM Institute
for Business Value, uma equipe de mais de 50 consultores que
desenvolvem pesquisas e estudos sobre verticais de industria. O IBV pode
ser acessado aqui.
Nesta pagina é possivel acessar estudos muito interessantes como o
Global CEO Study ou o CMO Study, que mostram claramente a percepção e
visão dos executivos de empresas globais sobre os cenarios tecnológicos e
mundiais. Estes materiais são disponibilizados publicamente.
Internamente temos também o Marketing Intelligence Strategic
Perspectives Team que analisa os cenários tecnologicos e de negócios,
propondo ações concretas por parte das diversas áreas da empresa. Outro
grupo interno é o Horizon Watch, formado por cerca de 2000 ibmistas que
analisam as tendências tecnológicas e os debatem interna e muitas vezes,
externamente com clientes via webcasts, conference calls e palestras.
Enfim, fontes de ideias e insights não faltam. O desafio é
transformar todo este input em ações concretas de sucesso, como as
recentes estratégias de smarter planet e smarter cities.
Bem, caso queiram mais uma boa descrição dos temas que abordei aqui, acessem o texto.
Realmente recomendo acessar os links do post, pois eles os levarão a excelentes fontes de informação.
Fonte: www.administradores.com.br
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