Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
quer estabelecer parcerias com a China, disse hoje (27) a senadora Kátia
Abreu, presidente da entidade. No entanto, o vice-presidente do
Ministério da Agricultura chinês, Xien Jianmin, disse que o país
oriental ainda estuda qual é a melhor forma de investimento em terras
brasileiras e em qual setor do agronegócio brasileiro aplicará dinheiro.
A China pretende investir US$ 30 milhões na América Latina nos
próximos anos. A CNA, que abriu escritório em Pequim este mês, quer
captar parte do montante para a agropecuária brasileira. Por isso, a
entidade organizou um seminário para apresentar as principais
possibilidades de investimento a 26 empresários e autoridades chinesas
em missão no país.
Durante o evento, Xie Jianmin disse à imprensa que o governo e as
empresas chinesas ainda não decidiram se investirão sob a forma de
investimento direto ou em sociedade com empresários. "Sempre buscamos o
benefício mútuo", disse. De acordo com Jianmin, os setores apresentados
hoje como alternativas viáveis pelos empresários e especialistas
brasileiros - aquicultura, agricultura irrigada, silvicultura e
ovinocultura - são todos atrativos.
Atualmente, o Brasil exporta principalmente soja e carne para a
China. De acordo com a senadora Kátia Abreu, a CNA tem interesse em
diversificar e ampliar o volume de vendas para o país. "Estamos focando
duas vertentes. Queremos o aumento das exportações dos nossos produtos e
diversificação da pauta para China. E queremos também o investimento de
empresários chineses no Brasil em parceria com brasileiros. Temos
terra, temos clima, temos toda segurança jurídica e institucional para
dar condições."
Kátia Abreu destacou, que até 2016, a China deverá aumentar as
importações de carne suína em 42%, de soja em 17% e de frango em 55%.
A senadora, que esteve na China este ano, disse que a CNA está
acompanhando as intenções dos empresários chineses. "O ministro da
Agricultura [da China] anunciou prioridade da qualidade dos produtos.
Estamos todos os dias procurando aprimorar nossa produção, observando
todos os protocolos internacionais e a questão da sustentabilidade",
declarou. Kátia Abreu informou que além do escritório em Pequim a
entidade terá representação em Bruxelas, na Bélgica.
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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