Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, acredita que 2013 é
o ano da despedida dos resultados ruins deixados pela crise mundial,
iniciada em 2008. “O mundo não vive um ano fácil, embora para o Brasil,
2013 está sendo melhor do que 2012. É um ano ainda de crise,
provavelmente, o último da crise internacional”, disse, ao comentar os
resultados do Produto Interno Bruto (PIB), divulgados hoje (3) pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Sobre as previsões de analistas de que a nota do Brasil deve ser
rebaixada pelas agências que avaliam os riscos de investimentos, Mantega
argumentou que as projeções do mercado indicavam uma queda média de
0,2% no PIB do terceiro trimestre, e recuo de 0,5%, divulgado hoje,
ficou próximo do patamar previsto. O mesmo ocorreu, segundo o ministro,
com a taxa de crescimento no acumulado de quatro trimestres, que atingiu
2,3%, ante os 2,5% esperados pelo mercado.
Em vários momentos, o ministro salientou que o país “está em uma
trajetória de crescimento gradual”, situação vivenciada em outros
países. O resultado do terceiro trimestre, na avaliação do ministro, foi
prejudicado pela base de comparação com o trimestre anterior em que
havia uma concentração da produção no país, principalmente, no segmento
da agropecuária.
Segundo o ministro, nenhum país está conseguindo alcançar a
velocidade de crescimento ideal, mas o cenário pode ser de superação e
melhoria em 2014. "Se você olhar os Estados Unidos, em processo de
recuperação, o crescimento do PIB deles está em torno de 1,6% ou 1,7%,
um pouco menor do que o nosso. O México está crescendo menos de 2%, a
Índia desacelerou e a União Europeia está com um PIB negativo no ano, de
0,4%, mas poderá ir para um PIB positivo no próximo ano. Os países
emergentes que desaceleraram neste ano deverão passar para a
estabilidade”, disse.
Mantega, no entanto, acredita ser cedo para fazer projeções sobre o
último trimestre do ano, porém a expectativa é de melhor desempenho da
econonia brasileira, impulsionado pelos investimentos em bens de
capital, com alta de 6% em comparação a 2012; e a produção agrícola. “A
dúvida fica em serviços do comércio varejista”.
Quanto à meta de equilíbrio fiscal, o ministro informou que a Lei de
Diretrizes Orçamentárias (LDO) tem sido seguida e a arrecadação
apresenta bons sinais, principalmente em relação ao recolhimento do
Imposto de Renda sobre o Lucro Líquido. No entanto, não citou valores.
Edição: Carolina Pimentel
Fonte: Agência Brasil
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