A regulamentação da Lei 12.741/2012, que obriga os
estabelecimentos a informar ao consumidor os tributos incluídos nos
preços de produtos e serviços, será publicada em março. Esta é a
previsão do ministro-chefe da Secretaria da Micro e Pequena Empresa,
Guilherme Afif Domingos (PSD).
O chefe da Pasta garantiu que a secretaria tem acompanhado os
retornos dos empresários, conversando com entidades que representam os
setores, para dar o acabamento na regulamentação, que já estaria com o
texto pronto e em constante modificação.
“Aguardamos a metabolização do mercado para só então aplicar a
regulamentação”, garante o ministro. Afif explicou que dias após a lei
entrar em vigor, em junho, o governo federal publicou medida provisória
que promulgou as sanções pertinentes ao descumprimento da regra para um
ano depois, ou seja, o sexto mês de 2014.
Como as regras ainda não estão claras, o setor privado se organiza
como pode e conta com o auxílio de organizações extraoficiais para
assegurar as informações aos consumidores. “Eles estão correndo atrás.
Quem não tem o sistema para emitir a nota tem colocado cartazes
apresentando o percentual médio dos tributos cobrados”, destaca o
presidente da Acisa (Associação Industrial e Comercial de Santo André),
Evenson Robles Dotto.
Pela lei, os tributos que deverão ficar visíveis para os consumidores são o IOF
(Imposto sobre Operações Financeiras), IPI (Imposto sobre Produtos
Industrializados), PIS/Pasep (Programa de Integração Social e de
Formação do Patrimônio do Servidor Público), Cofins
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), Cide
(Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico), ISS (Imposto Sobre
Serviços) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). A
Fundação Procon-SP explica que ainda não fiscaliza as empresas por
respeitar o prazo para aplicar as sanções.
Adequação
Atualmente, o IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário) disponibiliza, gratuitamente, um arquivo de computador que
tem as estimativas dos percentuais de tributos cobrados em 16 mil itens.
São 14 mil produtos e 2.000 Serviços
listados, calcula o presidente do Conselho Superior e coordenador de
estudos do IBPT, Gilberto Luiz do Amaral. “Basta o comerciante baixar o
arquivo e passar para o administrador do seu sistema de informática que
emite a nota. Ele terá custo se a empresa que contratou cobrar pelo
suporte e instalar o arquivo para ser impresso na nota”, orienta Amaral.
Ele diz que os empreendedores que ainda não contam com sistemas
emissores de notas podem baixar o arquivo para confeccionar seus
cartazes.
Pedro Souza
Fonte: Diário do Nordeste
Matéria publicada no site Classe Contábil
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